Na segunda-feira, 7 de outubro, realizou-se uma importante reunião entre representantes moçambicanos e os observadores da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) para discutir o processo eleitoral de 2024, cuja votação ocorrerá no dia 9 de outubro. O encontro teve como objetivo principal garantir diálogo e coordenação entre as diversas partes envolvidas, a fim de evitar crises pós-eleitorais.
Durante a reunião, foram expressas preocupações sobre manipulações eleitorais que ameaçam comprometer a integridade do processo. Entre as denúncias apresentadas, destacam-se a inclusão de eleitores fantasmas e crianças menores de idade nos cadernos eleitorais, além da rejeição de propostas de revisão da lei eleitoral. Foi também mencionada a violação da Constituição da República por parte da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), devido a alterações aprovadas no último dia da sessão da Assembleia da República.
Os representantes moçambicanos aproveitaram a oportunidade para expressar sua indignação sobre o que consideram ser uma estratégia dos governos africanos de organizar eleições apenas para manter a aparência de democracia, mas com o objetivo real de enfraquecer a oposição, utilizando a polícia e funcionários estatais para assegurar a vitória do regime.
O diálogo com a SADC é visto como crucial para abordar estas questões e promover a transparência e a legitimidade do processo eleitoral em Moçambique.
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