Mais de um ano após ser deposto em um golpe militar, Ali Bongo, ex-presidente do Gabão, enviou uma carta pública na qual reconhece erros cometidos durante seu mandato e expressa seu arrependimento por não ter governado de forma eficaz. Ele mencionou que, apesar das conquistas, muitos gaboneses ainda sofrem, algo que ele considera seu maior arrependimento.
Na carta, Bongo, que liderou o país por 14 anos, apelou aos novos líderes e à população para que não busquem vingança contra sua família. Ele pediu também a libertação de sua esposa, Sylvia Bongo, e de seu filho, Nourredin, ambos presos sob acusações de corrupção desde o golpe de 2023.
Bongo, que sucedeu seu pai no poder em 2009, também anunciou sua renúncia definitiva à política e expressou o desejo de ver o país seguir um caminho de reconciliação nacional. Ele reconheceu o impacto negativo de suas ações e demonstrou vontade de assumir a responsabilidade, enquanto solicita clemência para sua família, que enfrenta processos legais significativos.
O golpe de Estado, liderado pelo general Brice Oligui Nguema, ocorreu após eleições polêmicas e foi recebido com celebrações no país, apesar de condenações internacionais. A junta militar prometeu transição para um governo civil, mas ainda não definiu um cronograma para as novas eleições.
Essa carta de Ali Bongo marca o fim de uma dinastia política que controlou o Gabão por mais de cinco décadas.
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