O Governo de Moçambique, através do Ministério da Cultura e Turismo, confirmou que a controversa estátua de Eduardo Mondlane, recentemente inaugurada, passará por correções. A ministra Eldevina Materula anunciou que uma equipe técnica será formada para avaliar detalhadamente o monumento e determinar os ajustes necessários. Este grupo de especialistas, que incluirá profissionais nacionais e internacionais, terá também a tarefa de apurar possíveis responsabilidades por eventuais falhas na concepção da estátua.
A estátua, erguida em substituição a um monumento anterior e inaugurada durante as celebrações do Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), foi duramente criticada pela opinião pública. Muitas vozes expressaram que a obra não reflete adequadamente a imagem de Eduardo Mondlane, fundador da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e figura central na luta pela independência do país. Mondlane é amplamente reverenciado como o símbolo da unidade nacional, e a estátua, criada pela empresa Arte de Gema e finalizada na China, gerou descontentamento, sendo acusada de não fazer jus à sua importância histórica.
A ministra Materula enfatizou que, além de corrigir os aspectos artísticos e estéticos da estátua, o governo também está comprometido em avaliar a responsabilização daqueles envolvidos na criação do monumento. "Estamos a trabalhar com seriedade e responsabilidade", disse Materula, frisando que qualquer falha identificada será tratada com as devidas consequências, especialmente considerando a importância simbólica de Eduardo Mondlane para o país.
O governo pretende definir, após a avaliação técnica, os custos e o tempo necessário para as correções, além dos próximos passos para que o monumento honre devidamente o legado de Mondlane.
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