A varíola dos macacos, agora conhecida como Mpox, tem se espalhado rapidamente pelo continente africano, com mais de 600 mortes registradas em menos de oito meses. A doença já infectou mais de 3.600 pessoas, com 19 casos suspeitos adicionais sendo monitorados de perto. Na semana passada, foram relatadas quase 4 mil novas infecções, elevando o total para 22,8 mil casos e 622 mortes no continente.
Em resposta a essa emergência global, a Nigéria se tornou o primeiro país africano a receber um lote de 10.000 doses da vacina contra a Mpox. Esta entrega, uma doação dos Estados Unidos da América, marca um passo crucial na luta contra a propagação da doença em África. A vacinação em massa é vista como uma das principais estratégias para conter a escalada de infecções e reduzir o número de mortes.
Moçambique, que também enfrenta o avanço da doença, notificou esta semana o seu primeiro caso de Mpox. O paciente é um homem de 35 anos, residente no bairro de Bagamoyo, em Maputo. Com a confirmação do caso, o país aguarda ansiosamente a chegada de vacinas para iniciar a imunização da população em risco.
Hoje, 28 de agosto, em Marracuene, o Instituto Nacional de Saúde (INS) vai realizar a apresentação pública do novo laboratório de testagem de amostras do Mpox. Este evento é de grande importância, pois marca o reforço das capacidades nacionais para o diagnóstico e monitoramento da doença. Durante a cerimônia, o Diretor Nacional de Laboratórios de Saúde Pública vai abordar a situação epidemiológica do país em relação à Mpox, além de discutir o grau de prontidão do setor de saúde para enfrentar esta emergência global declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A chegada das vacinas à Nigéria e a preparação de Moçambique para lidar com a Mpox são passos importantes na luta contra esta doença, que continua a ser uma preocupação significativa para a saúde pública em África.
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Redação: RadarMZ
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