GOVERNO COMPRA 17 AUTOCARROS E DEIXA-OS PARADOS POR UM ANO DEVIDO À FALTA DE OPERADOR ADEQUADO

O Governo comprou 17 autocarros novos com o objetivo de melhorar o transporte público, mas, até ao momento, estes veículos encontram-se parados há mais de um ano. O motivo é a incapacidade de encontrar um operador adequado para começar a utilizar os autocarros, o que levanta questões sobre a gestão dos recursos públicos e a eficiência das políticas de transporte.

De acordo com fontes ligadas ao processo, os autocarros estão estacionados desde a sua aquisição, sem qualquer utilização, devido à falta de uma empresa que atenda aos requisitos necessários para operar o serviço. Essa situação resulta em um desperdício significativo de recursos, uma vez que os veículos adquiridos estão a depreciar-se sem gerar qualquer benefício para a população.

Além do problema com a operação, o executivo também deixou de pagar os seguros e a revisão obrigatória dos autocarros. Esses serviços estavam inicialmente incluídos no contrato firmado com a Matchedje Motor, a empresa responsável pela venda dos veículos ao Governo. No entanto, devido à falta de uso dos autocarros, o Governo decidiu não renovar esses pagamentos, o que pode implicar riscos adicionais caso os autocarros venham a ser utilizados sem a devida manutenção e cobertura de seguro.

Esta situação está a gerar preocupações entre os cidadãos e especialistas em gestão pública, que criticam a aparente falta de planeamento e execução adequada na implementação de projetos de infraestrutura. Além disso, há receios de que os custos de manutenção e a reativação dos autocarros possam ser mais elevados, devido ao tempo em que ficaram parados.

Os autocarros, adquiridos com a expectativa de reforçar o sistema de transporte público, estão a tornar-se um símbolo de ineficiência, evidenciando a necessidade de uma melhor coordenação entre os diferentes atores envolvidos na gestão dos transportes públicos. Até ao momento, não há uma previsão clara de quando os autocarros começarão a ser utilizados, nem uma solução definitiva para o problema da falta de um operador adequado.

Fonte: O País

Redação: RadarMZ