A sede nacional da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) foi palco de um protesto na terça-feira, em que antigos guerrilheiros da força da oposição contestaram a liderança do partido, liderado por Ossufo Momade, em face dos resultados considerados insatisfatórios nas recentes eleições gerais.
O grupo de desmobilizados, integrado no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) acordado com o Governo, manifestou-se em frente à sede do partido, exigindo a demissão de Momade. Os protestantes, que passaram a noite no local, sublinharam a sua insatisfação através de uma mensagem dirigida à imprensa.
Em declarações à margem da manifestação, o deputado Muhamad Yassine expressou a sua perplexidade quanto à presença policial, questionando as intenções por detrás da chamada da polícia. “Ainda nos interessa saber quem chamou a polícia e com que intenção”, afirmou, alertando para a desnecessidade da intervenção policial em um conflito que, segundo ele, deveria ser resolvido internamente. “Nós chegámos e pedimos que a polícia não entrasse nas premissas da RENAMO, porque afinal de contas não há necessidade de haver polícia para resolver um problema que está dentro de casa”, acrescentou.
A resposta do contingente policial, que se manteve nas imediações da sede, foi de não intervir no desenrolar da situação. Yassine, reflectindo sobre o evento, declarou que a questão poderia ter sido resolvida de forma mais simples.
“Esta era uma situação que, no meu entender, não era assim tão complicada de se resolver. Era uma questão de nos sentarmos com os nossos mais velhos militares, perceber exactamente qual era a sua exigência e como se poderia tratar o problema”, concluiu, garantindo que foi alcançado um “consenso” entre as partes envolvidas.
[Fonte: O País|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Arquivo Radar]
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