No distrito do Dondo, na província de Sofala, surgem sérias alegações de irregularidades eleitorais envolvendo o processo de seleção dos membros das Mesas de Voto (MMVs) pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE). De acordo com denúncias, todos os selecionados para trabalhar como MMVs são membros da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), braço juvenil do partido FRELIMO, o que deixou de fora cidadãos sem filiação partidária.
A decisão de apurar exclusivamente membros da OJM está a levantar preocupações quanto à transparência e equidade do processo eleitoral. Observadores locais e ativistas cívicos apontam que a medida infringe a lei eleitoral, que exige imparcialidade e inclusão de todos os cidadãos elegíveis, independentemente de suas filiações políticas. Há temores de que tal ação seja uma manobra para garantir o controlo do processo de votação em favor do partido no poder, potencialmente facilitando fraudes nas eleições.
Entidades responsáveis pela fiscalização do processo eleitoral, como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e organizações da sociedade civil, estão sendo pressionadas a agir para corrigir esta situação e garantir que o processo eleitoral seja conduzido de forma justa e democrática. As denúncias estão a gerar um clima de desconfiança entre os eleitores, especialmente os que não possuem ligação com o partido FRELIMO.
Os cidadãos e partidos da oposição pedem medidas urgentes para garantir que os processos eleitorais respeitem a lei e reflitam a vontade do povo, sem favorecimentos partidários que possam comprometer a integridade das eleições.
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