O ativista social angolano Matadi Mandombe rendeu-se ao carisma e à força política de Venâncio Mondlane, a quem descreveu como "osso duro de roer" e "candidato do povo". Em um texto contundente, Mandombe destacou Mondlane como o favorito para vencer as eleições presidenciais em Moçambique, caso elas fossem realizadas hoje de forma justa e transparente.
Segundo o ativista, o eleitorado moçambicano está cansado das promessas não cumpridas da FRELIMO e da fraqueza crescente da oposição, o que, segundo ele, tem dado espaço para as manobras do partido no poder. Mandombe, ao escrever diretamente de Angola, afirmou que compartilha da dor dos moçambicanos, expressando esperança de que Venâncio Mondlane traga a mudança que o país tanto necessita.
"Venâncio Mondlane, fruto da ousadia, coragem e sabedoria, conseguiu convencer o eleitorado que 'SIM' nós podemos através do PODEMOS", declarou Mandombe, ressaltando a importância de uma liderança comprometida com o povo. Ele criticou severamente o governo atual, classificando-o como "vendedores da pátria" e "carrascos humanos" que têm mantido o povo moçambicano na pobreza extrema e no abandono.
Mandombe fez um apelo aos jovens moçambicanos para que lutem incansavelmente por um futuro melhor. Ele sugeriu que, no dia das eleições, os eleitores levem alimentos e cobertores para que possam vigiar os locais de votação, permanecendo até que o processo seja concluído de forma justa. Segundo o ativista, é necessário que as forças de segurança se posicionem ao lado do povo, sem recorrer à violência.
Utilizando uma metáfora do mundo do desporto, Mandombe comparou o governo da FRELIMO a um jogador que, após um desempenho fraco, merece ser substituído. Para ele, o partido no poder precisa "treinar fora das quatro linhas" antes de poder voltar ao jogo político.
A análise crítica e apaixonada de Mandombe reflete um crescente sentimento de insatisfação em relação ao status quo em Moçambique e uma esperança renovada em Venâncio Mondlane como a figura capaz de liderar uma transformação significativa no país.
LÊ ABAIXO O TEXTO DO ADMIRADOR ANGOLANO
Escreveu Matadi:
«Por: Matadi Mandombe (Ativista Social Angolano)
Venâncio Mondlane, um verdadeiro osso duro de roer, é uma força inabalável, candidato do povo e o principal nome para disputar as eleições presidenciais. Se as eleições fossem realizadas hoje, de maneira justa e transparente, não restaria dúvida de que Venâncio sairia vitorioso. O povo moçambicano está exausto das promessas não cumpridas da FRELIMO e também de uma oposição cada vez mais fraca, que, dia após dia, tem permitido ao partido no poder realizar suas manobras, enquanto a população continua abandonada na extrema pobreza.
Venâncio Mondlane, com sua coragem, sabedoria e autoafirmação, conseguiu conquistar o eleitorado, mostrando que "SIM, nós podemos", através do PODEMOS. Como irmão africano, escrevo a partir de Angola e digo: a vossa dor é a minha também. Sonho com um Moçambique melhor. Espero que desta vez o povo moçambicano consiga derrubar o partido que, há meio século, nada tem feito por vocês. Quero, um dia, visitar o vosso país, mas sem esses "carrascos humanos" e "vende-pátrias" no poder.
Jovens moçambicanos, a hora é agora! Arregacem as mangas, mantenham os pés firmes no chão e as cabeças erguidas. Lutem incansavelmente por um Moçambique melhor. Não deixem que o destino de vocês, de seus filhos e do povo, permaneça nas mãos de quem não tem noção da realidade. Com base nas experiências de fraudes em África, levem comida, cobertores e fiquem nos locais de votação, votem e não saiam de lá. Inundem as ruas, se necessário.
O SERNIC e outros órgãos republicanos devem estar ao lado do povo e com o povo, sem a necessidade de violência. É visível o cansaço psicológico, emocional e físico desta gente que está no poder. No desporto, quando um jogador está desgastado, uma substituição imediata é necessária. O desempenho é o que dita se ele volta ou não a ser titular. No caso da FRELIMO, ela deve ser removida das quatro linhas e, quem sabe, treinar o suficiente para merecer uma nova chance, dado seu fraco desempenho atual.»
[Fonte: PODEMOS Mídia|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Getty Images
|| Maputo, 2024]
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