Blog: Radar Magazine

O renomado músico moçambicano Stewart Sukuma fez duras críticas à “partidarização das artes e da cultura” em Moçambique, durante declarações feitas nesta terça-feira, 3 de setembro. Em um discurso contundente, Sukuma acusou os artistas que apoiam o governo de contribuir para a manutenção de um “sistema injusto e opressor que governa o país há quase 50 anos”.

Em suas palavras, Sukuma destacou a importância da sociedade civil como um bloco de pressão essencial para garantir que quem está no poder governe de forma íntegra. Ele alertou que quando essa pressão desaparece, a esperança da população também se esgota. “Quando a sociedade civil deixa de ser bloco de pressão para quem governa agir de forma íntegra, a esperança se esgota", afirmou o músico, em um claro apelo por mais independência e coragem entre os artistas e demais agentes culturais.

Sukuma, que é uma das vozes mais influentes no cenário artístico do país, também revelou um aspecto preocupante sobre o envolvimento dos artistas nas campanhas políticas. Segundo ele, nem todos os artistas que participam de atividades políticas o fazem por vontade própria. “Uns têm medo e outros são coagidos a fazê-lo”, declarou, denunciando a coerção política dentro da classe artística.

Essas declarações surgem em um momento de grande tensão política em Moçambique, com as eleições se aproximando e os artistas cada vez mais sendo vistos como influenciadores importantes na moldagem da opinião pública. A crítica de Sukuma ecoa entre aqueles que defendem a despolitização da cultura e o retorno do foco das artes para questões sociais e culturais, em vez de servir como ferramenta de propaganda política.

A partidarização das artes tem sido uma questão amplamente debatida no país, com muitos argumentando que a independência cultural é fundamental para a democracia e para o desenvolvimento de uma sociedade crítica e consciente. Sukuma, com sua influência e trajetória, usou sua plataforma para chamar atenção para este problema, pedindo aos artistas que resistam à pressão e mantenham sua integridade.

As palavras do músico rapidamente se espalharam nas redes sociais, gerando uma onda de apoio, mas também de críticas, especialmente de figuras ligadas ao governo e partidos políticos. A acusação de coerção e medo entre os artistas adiciona um novo capítulo à discussão sobre a liberdade de expressão em Moçambique, levantando questões sobre a verdadeira independência da cultura no país.

Com a situação política cada vez mais polarizada, as declarações de Stewart Sukuma podem ter um impacto significativo no debate público, desafiando os artistas e a sociedade civil a reconsiderarem seu papel na política e a lutarem por uma cultura verdadeiramente livre e independente.

Redação: RadarMZ

Em uma ação de campanha decisiva, Lutero Simango, candidato à presidência pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), comprometeu-se a revitalizar a economia do distrito de Morrumbala, na província da Zambézia, com a reconstrução da fábrica de processamento de algodão, uma promessa que, segundo ele, trará benefícios significativos para a população local.

Durante seu discurso nesta tarde, Simango destacou a importância histórica da fábrica de algodão para Morrumbala, que no passado era um dos principais motores econômicos da região. Ele criticou o abandono da indústria agrícola na província e prometeu que, se eleito Presidente da República, dará prioridade à reabertura e modernização da fábrica, o que impulsionaria a produção agrícola e geraria empregos para milhares de moçambicanos.

“A reconstrução desta fábrica não é apenas uma promessa de campanha, é um compromisso com a revitalização econômica de Morrumbala e de toda a província da Zambézia. Sabemos que o algodão é um recurso valioso e que a população aqui tem trabalhado arduamente na agricultura. O que falta é um governo que apoie essa dedicação com infraestrutura e políticas que incentivem a produção e o processamento local,” afirmou Simango.

Simango destacou ainda que a reabertura da fábrica de algodão será acompanhada por um conjunto de medidas para apoiar os agricultores locais, incluindo acesso a crédito, capacitação técnica, e melhorias nas infraestruturas de transporte para facilitar o escoamento da produção. Ele também se comprometeu a buscar parcerias com o setor privado e investidores internacionais para garantir que a fábrica seja equipada com tecnologia de ponta e capaz de competir nos mercados globais.

A população de Morrumbala recebeu a promessa com entusiasmo, expressando esperança de que a revitalização da fábrica trará prosperidade à região, que tem sofrido com o desemprego e a falta de oportunidades econômicas. Simango também usou a ocasião para criticar o governo atual, afirmando que a negligência com as indústrias locais é um reflexo da má gestão que tem caracterizado o país nos últimos anos.

A proposta de Simango faz parte de uma plataforma mais ampla do MDM, que busca promover o desenvolvimento econômico sustentável em todo o país, com foco na revitalização da indústria e no apoio aos setores produtivos. Ele ressaltou que Morrumbala pode se tornar um exemplo de como uma administração comprometida pode transformar as condições de vida das pessoas, garantindo oportunidades e melhorando a qualidade de vida.

Com as eleições se aproximando, a promessa de reconstruir a fábrica de algodão em Morrumbala coloca Simango como um defensor do desenvolvimento econômico local, tentando conquistar os votos de uma população ansiosa por mudanças e pela recuperação de uma das principais atividades econômicas da região.

Redação: RadarMZ

Durante uma intensa jornada de campanha eleitoral, o candidato à Presidência da República pelo partido RENAMO, Ossufo Momade, reafirmou seu compromisso de combater a corrupção e transformar Moçambique, começando pela província do Niassa. Momade, que esteve em Cuamba nesta terça-feira, recebeu um apoio simbólico da população local, que lhe entregou uma vassoura, representando o desejo de "varrer" o governo corrupto que, segundo ele, tem prejudicado o país por quase cinco décadas.

Em seu discurso, Momade expressou a confiança da população de Niassa na RENAMO para trazer mudanças significativas ao país, sublinhando que o partido está preparado para enfrentar a corrupção e reverter o quadro de pobreza extrema que aflige grande parte dos moçambicanos. Ele destacou que o governo atual tem sobrecarregado o país com dívidas enquanto beneficia apenas uma pequena elite, deixando a maioria da população em situação precária.

Momade também apresentou seus planos para Cuamba, prometendo transformar a cidade em um polo industrial. Ele ressaltou a importância de criar fábricas que processem os produtos agrícolas locais, uma medida que, segundo ele, gerará empregos, especialmente para jovens e mulheres, e melhorará as condições de vida da população. "Cuamba tem um grande potencial agrícola, e precisamos capitalizar isso para gerar riqueza e desenvolvimento para todos," afirmou.

Além disso, Momade se comprometeu a melhorar a infraestrutura na região, com destaque para a rodovia EN13, que liga Malema a Cuamba. Ele reconheceu que o estado atual da via é um entrave para o desenvolvimento, e garantiu que, sob seu governo, a EN13 receberá a atenção necessária, sendo revitalizada para facilitar a conexão entre as províncias de Nampula e Niassa.

Durante sua passagem pelos distritos de Ribaue e Malema, na província de Nampula, Momade continuou a criticar o governo da FRELIMO, acusando-o de má gestão dos recursos nacionais e reiterando que a RENAMO é a única alternativa capaz de liderar o país rumo à prosperidade. Ele também ressaltou a importância de uma administração transparente e comprometida com o bem-estar de todos os moçambicanos.

O apoio popular que Ossufo Momade tem recebido em suas visitas às províncias do Niassa e Nampula é visto como um sinal de que a RENAMO ainda tem uma base sólida, especialmente em regiões historicamente marginalizadas pelo governo central. Resta saber se este apoio será suficiente para impulsionar Momade à vitória nas próximas eleições.

Redação: RadarMZ

A campanha eleitoral da RENAMO, principal partido de oposição em Moçambique, está enfrentando sérios desafios, especialmente na zona sul do país. Antonio Muchanga, figura proeminente do partido, tem encontrado dificuldades significativas em suas tentativas de atrair eleitores durante suas atividades de campanha.

Hoje (03), Muchanga percorreu as ruas a pé, numa tentativa de interagir diretamente com os munícipes e pedir votos para as eleições que se aproximam. No entanto, a recepção foi desastrosa. Em diversas ocasiões, enquanto se aproximava das pessoas, estas se afastavam imediatamente, expressando sua rejeição com a frase “tchau tchau”, deixando claro que não era bem-vindo naquelas áreas.

A situação foi ainda mais constrangedora quando muitos dos moradores começaram a entrar em suas casas ao verem a aproximação do candidato, isolando-o na rua com apenas sua equipe de segurança como companhia. Esse comportamento foi um indicativo claro da insatisfação popular e da dificuldade que a RENAMO tem enfrentado para angariar apoio, especialmente no sul do país.

Fontes locais sugerem que a situação de Muchanga pode refletir um sentimento mais amplo de desaprovação em relação ao partido RENAMO na região. Há quem acredite que, diante desse cenário, Muchanga poderá não conseguir votos suficientes para garantir uma cadeira na Assembleia Provincial, sendo forçado a permanecer apenas na Assembleia Municipal, onde já tem atuação.

Este ambiente desfavorável não só põe em risco as aspirações de Muchanga de se tornar governador, como também levanta questões sobre a viabilidade da RENAMO como um todo nas próximas eleições. Com a campanha eleitoral em curso, a resposta dos eleitores tem sido um indicativo alarmante para o partido, sugerindo que a RENAMO enfrenta uma derrota antecipada na região sul do país.

A continuação da campanha será crucial para determinar se a RENAMO conseguirá reverter essa situação e reconquistar a confiança dos eleitores, ou se este cenário refletirá a realidade das urnas nas eleições que se aproximam.

Redação: RadarMZ

Nesta terça-feira, 3 de setembro, o delegado distrital da RENAMO em Murrupula, província de Nampula, Mário Joaquim, causou surpresa ao abandonar o partido para se unir à FRELIMO, durante um evento de campanha eleitoral do cabeça-de-lista da FRELIMO, Ngani.

O evento, que inicialmente era para ser mais uma demonstração de força e mobilização da FRELIMO, tornou-se um palco de viragem política inesperada quando Joaquim, figura influente no distrito de Murrupula, anunciou sua desfiliação da RENAMO. Durante seu discurso, Joaquim elogiou o trabalho da FRELIMO e expressou a sua confiança na liderança do partido, especialmente na figura de Ngani, que está concorrendo para manter a hegemonia da FRELIMO na região.

Joaquim justificou sua decisão apontando para o que ele descreveu como a falta de coesão interna e de uma visão clara por parte da RENAMO para os desafios enfrentados pela população de Murrupula. Ele afirmou que, após uma reflexão profunda, decidiu que a FRELIMO possui as melhores propostas para o desenvolvimento do distrito e do país.

A RENAMO, principal partido de oposição em Moçambique, não demorou a reagir, qualificando o ato como uma traição aos ideais do partido. Em comunicado, líderes da RENAMO em Nampula criticaram a decisão de Joaquim, insinuando que sua mudança de lado poderia ter sido motivada por interesses pessoais, em vez de um verdadeiro comprometimento com os eleitores.

Este episódio é mais um indicativo das intensas disputas políticas em Moçambique, especialmente com a proximidade das eleições. A mudança de Mário Joaquim para a FRELIMO pode ter impactos significativos na dinâmica política de Murrupula, considerando seu papel e influência na região.

Observadores políticos sugerem que esta deserção pode enfraquecer a posição da RENAMO em Murrupula, ao mesmo tempo em que fortalece a FRELIMO, que busca consolidar seu domínio na província de Nampula. As próximas semanas de campanha serão cruciais para avaliar o impacto desta mudança e como ela poderá influenciar os resultados eleitorais na região.

Redação: RadarMZ

Uma nova reviravolta na política moçambicana foi revelada com a notícia de que Razaque Manhique teria tentado subornar Vitano Singano, líder do partido Revolução Democrática (RD), para que desistisse de apoiar a candidatura de Venâncio Mondlane nas eleições presidenciais de 2024.

Segundo as informações, Manhique teria oferecido a Singano uma proposta generosa que incluía uma empresa, duas casas de luxo e a soma de 4 milhões de dólares. Esta tentativa de suborno teria sido uma estratégia para enfraquecer o apoio a Mondlane, que é visto como uma figura influente e de grande potencial na corrida eleitoral.

O partido RD, liderado por Singano, oficializou dias antes do arranque da Campanha Eleitoral, o seu apoio a Mondlane, destacando a necessidade de uma nova liderança no país que priorize reformas democráticas e o desenvolvimento sustentável. O apoio de Singano a Mondlane é visto como um movimento estratégico, dado o crescente descontentamento popular com a situação política atual.

Mondlane, que tem ganhado popularidade por seu discurso reformista e promessas de combater a corrupção, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. Observadores políticos sugerem que este episódio poderá fortalecer ainda mais a imagem de Mondlane como um candidato incorruptível e comprometido com a transparência.

Esta notícia está em desenvolvimento, e novas informações deverão surgir à medida que as investigações prosseguem e mais detalhes são revelados. A tentativa de suborno, se provada, poderá marcar um ponto de viragem na campanha eleitoral, influenciando não só a opinião pública mas também as alianças políticas que definirão o futuro de Moçambique.

Fonte: Unay Cambuma

Redação: RadarMZ

Durante a sua campanha eleitoral para as eleições de 2024, o candidato Daniel Chapo, do partido FRELIMO, comprometeu-se a melhorar a vida da população em vários níveis, caso seja eleito. Chapo, que tem percorrido várias regiões do país em busca de apoio popular, destacou a importância de investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestruturas e emprego.

O candidato sublinhou que a sua prioridade será garantir que todos os cidadãos tenham acesso a serviços básicos de qualidade, aumentando os investimentos públicos para o desenvolvimento social e económico do país. Chapo afirmou ainda que pretende implementar políticas que promovam a equidade e a inclusão, assegurando que os benefícios do crescimento económico alcancem todas as camadas da sociedade, especialmente as mais vulneráveis.

Com a hashtag #Eleição2024, a campanha de Daniel Chapo está empenhada em transmitir uma mensagem de esperança e de renovação, prometendo um futuro melhor para todos os moçambicanos. O candidato também enfatizou a importância da estabilidade e da paz, elementos que considera fundamentais para a realização de qualquer progresso sustentável.

Redação: RadarMZ