O candidato presidencial do Partido Podemos, Venâncio Mondlane, expressou indignação neste sábado, ao acusar a Polícia da República de Moçambique (PRM) de tentar inviabilizar sua campanha eleitoral no distrito de Mecanhelas, província do Niassa. Segundo o candidato, o incidente é mais um exemplo de intolerância política enfrentada por sua candidatura.
Mondlane destacou que as ações da polícia têm prejudicado diretamente o trabalho de mobilização de sua equipe, limitando o alcance das atividades de campanha.
"Estamos a ser alvos de uma repressão clara, que busca impedir a livre circulação e promoção de nossas propostas ao povo moçambicano. A PRM age como se estivesse a serviço de interesses partidários e não da nação", criticou.
Os problemas começaram já na última sexta-feira, quando Mondlane relatou ter enfrentado obstruções da polícia no município de Cuamba, também no Niassa. Ele afirmou que a PRM tentou interromper as atividades do Podemos, alegando pretextos administrativos e de segurança que, segundo o candidato, foram utilizados para limitar a campanha de sua equipe.
"Isso é uma clara violação dos nossos direitos políticos. Estamos sendo tratados como adversários e não como concorrentes legítimos num processo democrático", declarou Mondlane, pedindo uma atuação mais imparcial por parte das autoridades.
A situação tem gerado preocupação entre os apoiantes do Podemos, que veem nas ações da PRM uma tentativa de sufocar o crescimento da candidatura de Mondlane, que vem ganhando destaque nas últimas semanas. Apesar dos desafios, o candidato reforçou seu compromisso de continuar percorrendo o país e apresentando suas propostas, mesmo diante das dificuldades impostas pela repressão.
A Polícia da República de Moçambique ainda não se pronunciou sobre as acusações feitas por Venâncio Mondlane. No entanto, analistas políticos temem que a crescente tensão possa prejudicar o ambiente democrático nas eleições.
Redação: RadarMZ
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