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Património empresarial da família Nyusi dobra em cinco anos


O Centro de Integridade Pública (CIP) divulgou um estudo detalhado esta quinta-feira, revelando um crescimento impressionante no património empresarial da família do Presidente da República, Filipe Nyusi. De acordo com os dados apresentados, o número de empresas registadas pela família duplicou nos últimos cinco anos, saltando de 14, em 2019, para 29 em setembro de 2024. A investigação destaca o uso de sociedades anónimas para ocultar a identidade dos acionistas, levantando preocupações sobre transparência.

Entre 2015, ano em que Filipe Nyusi assumiu a Presidência da República, e 2024, o número de empresas associadas à família presidencial subiu de cinco para 29. No segundo mandato do Presidente, foram registradas 15 novas empresas, incluindo: 
  1. African Oracle Corporation, Lda
  2. Ntandala Lodge-SA
  3. Ntandala Eventos, SA  
  4. Uralphos Moçambique SA 
  5. Chitawaleza Safaris, SA  
  6. FBS-Logistics, SA  
  7. Daima Mining Mozambique (Manica 02, 03, 04 e Gilé)  
  8. Rockworld Hotéis e Restaurantes, SA 
  9. Rockworld Investimentos, SA 
  10. Rockworld Energy  
  11. Rockworld Enterprises SGPS, SA 
  12. Rockworld Travel & Concierge
Das novas empresas, 10 estão em nome de Jacinto Nyusi, filho mais velho do Presidente, uma é de Ângelo Nyusi, o filho mais novo, e as demais são registradas em nome de Isaura Nyusi, Primeira-Dama. Apenas seis dessas empresas têm acionistas identificáveis, enquanto as restantes estão exclusivamente associadas aos membros diretos da família.

O CIP revelou ainda que oito das empresas listadas nunca estiveram domiciliadas nos endereços das sedes sociais declarados, como exige o artigo 251 do Código Comercial. Entre elas estão:  
  • Uralphos Moçambique SA
  • Chitawaleza Safaris, SA
  • FBS-Logistics, SA 
  • Daima Mining Mozambique (Manica 02, 03, 04 e Gilé)  
  • Daima Mining Mozambique, SA (registrada em 2016)  
Essas empresas podem ser classificadas como "sociedades James Bond", cuja existência se limita à documentação oficial de constituição, aguardando oportunidades de parcerias estratégicas. Além disso, algumas delas não estão inscritas no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), como a Rockworld Enterprises SGPS, SA, fundada seis meses após a posse do Presidente para o segundo mandato.

Embora os documentos oficiais não indiquem empresas diretamente registradas em nome de Filipe Nyusi nos últimos cinco anos, o estudo identificou sua suposta participação na estrutura acionista da African Oracle Corporation, Lda, onde Ângelo Nyusi detém 90% do capital.  

Outro destaque do relatório é a aquisição, por Jacinto Nyusi, de uma luxuosa propriedade em Sandhurst, um bairro de elite em Johannesburg, na África do Sul. A casa está avaliada em 17,5 milhões de rands (aproximadamente 52,3 milhões de meticais).  

O estudo conclui que o uso de sociedades anônimas dificulta a identificação de outras empresas possivelmente ligadas à família presidencial. O CIP sugere que o número de empresas pode ser maior do que o registrado, o que levanta questões sobre o possível conflito de interesses e abuso de poder para acumulação de riqueza.

Estas revelações reacendem o debate sobre a necessidade de maior transparência e responsabilidade no exercício de funções públicas em Moçambique, especialmente envolvendo figuras de alto escalão e suas famílias.


[Fonte: CIP|| Redação: Radar Magazine — MZ || Imagens: Arquivo Radar] 


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