A activista social Quitéria Guirengane fez na tarde de hoje, uma publicação contundente repudiando os apelos que surgem de diversas partes, para que o candidato presidencial Venâncio Mondlane, por sinal o vencedor das eleições gerais, [processo que está sendo…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Uma investigação conduzida pela ONG sul-africana Open Secrets, publicada na quinta-feira (14.11), revelou um esquema de investimentos imobiliários milionários na África do Sul, envolvendo figuras políticas de Moçambique, República Democrática do Congo (RDC) e…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »O Centro de Integridade Pública (CIP) divulgou um estudo detalhado esta quinta-feira, revelando um crescimento impressionante no património empresarial da família do Presidente da República, Filipe Nyusi. De acordo com os dados apresentados, o número de empre…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Na noite de sábado, 16 de novembro, a cidade de Maxixe, na província de Inhambane, foi palco de protestos intensos contra os resultados das eleições gerais de Moçambique. Jovens manifestantes bloquearam ruas e avenidas, queimando pneus e destruindo blocos de …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Sete taxistas foram detidos no bairro Matundo, em Tete, na praça da paragem Oficina, sob alegações de perseguição política por apoiarem Venâncio Mondlane, líder do partido PODEMOS. Os detidos foram conduzidos à 5ª Esquadra da Polícia, enquanto outros simpat…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »A Direção do Instituto de Formação de Professores (IFP) de Lichinga está sob críticas após convocar seus formandos para apresentarem cópias do Bilhete de Identidade (BI) e do Cartão de Eleitor, alegando que os dados de identificação foram perdidos devido a…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »A Missão de Observação Eleitoral (MOE) da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) declarou ter testemunhado erros na contagem de votos durante as eleições gerais realizadas em Moçambique no dia 9 de outubro de 2024. Em comunicado, a missão destacou …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Na noite desta sexta-feira, um incêndio destruiu o bloco administrativo da Escola Secundária Heróis Moçambicanos, localizada na Cidade de Maputo. O incidente, causado por indivíduos ainda não identificados, resultou em danos significativos na infraestrutura d…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »A situação em Inhassunge, Zambézia, tomou contornos de crise. Desde as primeiras horas da madrugada de ontem, os Naparamas — um grupo armado conhecido pela utilização de armas tradicionais como catanas e azagaias, juntamente com armamento pesado, incluindo mo…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Maputo – Após uma série de restrições impostas às redes sociais no final de outubro, o governo de Moçambique, através do Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM), decidiu liberar o acesso à internet nesta quarta-feira, 13 de novembro. A medida …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Em um final de temporada marcado pela emoção e pela competitividade, o Black Bulls consagrou-se campeão do Campeonato Moçambicano de Futebol, conquistando seu segundo título nacional com uma campanha que impressionou torcedores e analistas. Sob a liderança do…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »A Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Moçambique, presidida por Dom Carlos Matsinhe, ainda não havia encaminhado os editais eleitorais ao Conselho Constitucional (CC) até às 14 horas do dia 11 de novembro, apesar de o prazo estipulado para a entrega ser o …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Mais de 5 mil sacos de batata deteriorados no mercado grossista do Zimpeto causaram grandes prejuízos aos importadores, que estimam perdas de até 1,8 milhões de meticais. A situação foi desencadeada pelo recente fechamento da fronteira de Ressano Garcia, fund…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »O padre Fernão Magalhães, que recentemente concorreu ao cargo de Governador da Província de Nampula pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), foi encontrado morto em sua residência na cidade de Nampula na manhã deste sábado, 9 de novembro. A notícia da …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Em meio ao clima de tensão pós-eleitoral que domina Moçambique, a Amnistia Internacional fez um apelo contundente por responsabilização e respeito aos direitos humanos, pedindo o fim imediato da violência policial contra os cidadãos. Em sua página oficial, a …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Em resposta às recentes manifestações violentas e atos de vandalismo que têm abalado a cidade de Maputo e outras regiões do país, líderes religiosos de diversas confissões e políticos estiveram reunidos hoje no Paços do Conselho Municipal de Maputo. O encontr…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Em uma publicação contundente em suas redes sociais, Dinis Tivane, porta-voz do Partido PODEMOS, denunciou o que considera ser uma " orquestração " por parte do Conselho Constitucional (CC) e da Comissão Nacional de Eleições (CNE) para legitimar uma…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Cidade de Maputo – Enquanto em muitos distritos de Moçambique a população enfrenta uma forte intimidação e pressão para sustentar a narrativa oficial de normalidade, a capital do país, Maputo, testemunhou uma manifestação pacífica, com moradores de Infulene …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Em uma conferência de imprensa realizada hoje, o Presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, surpreendeu o país e a comunidade internacional ao reconhecer a derrota nas eleições legislativas e anunciar sua demissão. Após resultados parciais apontarem o enfraqu…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Comunidade Estudantil Moçambicana em Andhra Pradesh, Índia, Se Mobiliza Contra Violação de Direitos Humanos em Moçambique Em um ato de solidariedade e indignação, estudantes moçambicanos residentes no estado de Andhra Pradesh, Índia, reuniram-se no dia 31 de …
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »Em uma conferência de imprensa realizada em Maputo, o presidente do partido PODEMOS, Albino Forquilha, e o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), Bernardino Rafael, falaram sobre o contexto das manifestações convocadas para contestar os…
𝐿𝑒𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 »«‼️O PARTIDO DISTANCIA-SE‼️
Resumo: "Os apelos para a violência parar devem ser feitos ao Presidente, ao Conselho Constitucional e a quem usa força contra o povo"Nos últimos dias elevam-se apelos para Venâncio parar as manifestações ou assumir a consequência dos actos e sentimentos de cada um dos seus milhões de apoiantes, muitos destes apelos vindo de actores que nunca tiveram a coragem de chamar a responsabilidade quando a frelimo se permitiu distanciar durante 50 anos dos assassinatos, perseguições, sequestros, torturas e exclusões que sempre lhe caracterizaram.Muitos sentem pela primeira vez o aperto que nós sentíamos durante anos e que fingiam não ver porque não lhes afectava. O aperto de não saber se iríamos acordar no dia seguinte porque o cão do dono achava que o dono podia não ter gostado da nossa intervenção na TV. O aperto de viver num bairro cheio de insegurança e não podermos contar com a polícia porque não tem combustível. O aperto de ser assaltado, mas não poder esperar nada da polícia porque afinal o chefe da quadrilha também é um chefe lá na Polícia. O aperto de ter sido banida em todos os canais televisivos e receber chamada de um PCA a dizer "eu concordo com tudo o que dizes, mas os donos do país deram esta ordem". A insegurança de ser expropriado a sua terra porque os interesses económicos da elite valem mais do que a ocupação de boa fé do meu bisavô. O aperto de não saber se ao sair para trabalhar voltarei para casa sem ser violada no caminho. A maioria da população não precisou desta crise para saber o que é viver com medo. Bem vindos ao país do medo sobre o qual Azagaia cantou. E talvez só depois de passarmos todos por este sentimento é que teremos a empatia necessária para construir um país de segurança para todos ou de medo para todos.Há muitos seniores do partido frelimo que já há alguns anos me ligam regularmente, me saudam e elogiam pela luta necessária para a libertação do povo moçambicano. Muitos deles não têm a mesma coragem de expressar publicamente o que lhes vem na alma, mas durante todos estes anos lamentam com os botões os assassinatos, roubos, sequestros, detenções arbitrárias e roubos de votos.Há poucas semanas quando circularam mensagens sobre reuniões supostamente promovidas pelo partido frelimo para falsificação de actas e editais, contactei alguém que também sempre lamentou sobre a situação do país e lhe informei que circulavam mensagens sobre a sua presença em determinada província onde tais falsificações ocorriam. Partilhei que isso afectava profundamente o meu respeito pelos valores morais que sempre defendeu. O que me foi mais curioso foi a sua resposta: "Não se preocupe, se há falsificação ela é feita por grupo de molwenes do partido, eu nunca entrei".Sempre achei curioso e interessante que pessoas com elevado nível de instrução considerassem a hipótese de militar e beneficiar de um partido onde tem molwenes que obstruem a vontade do povo, mas enquanto isso não lhe afecta fecham os olhos para não ver. A hipótese de militar num partido onde tem esquadrões da morte, mas enquanto não for visível provas ao público, preferem fingir não ver. Diga-se, não provas de que existem esquadrões da morte porque isso é público. Não provas de que há agentes do Estado envolvidos no esquadrão porque Matavel provou isso. Não provas de que existem seniores envolvidos nas ordens porque isso também já veio a tona. Prova de que são todos cúmplices e beneficiários da manutenção no poder pela força das armas daqueles que "têm que querer para o povo querer que eles queiram".Trago esta reflexão hoje porque já veio ao público uma deputada do partido frelimo sugerir que Fátima Mimbire deveria ser violada por 10 homens, o partido se distanciou. Veio a público que o partido frelimo era indiciado de receber 10 milhões de dólares das dívidas ilegais, o partido se distanciou. Veio ao público que existia um deputado indiciado de violação, o partido se distanciou. Veio ao público mensagem de um senior a sugerir soluções extrajudiciais para os que criticam a frelimo e logo depois Cistac foi assassinado, seguiu-se o silêncio.Vieram evidências de enchimento de urnas a favor da frelimo, o partido se distanciou.Vieram evidências de assassinato de opositores, o partido se distanciou. Veio um potencial deputado chamar um candidato eleitoral de cão e houve silêncio. Foram milhares de moçambicanos em todo o país vítimas de ódio sequestrados, torturados, assassinados, perseguidos, transferidos sob o distanciamento permanente do partido em relação ao povo.Tornaram-se tão elitistas que se distanciam constantemente dos elementos do povo a quem chamam "molwene" e usam no trabalho sujo.Elvinos, Cistac, Siba Siba, Amurane, Pondeca, Matavel, entre muitos outros incluindo anónimos, fazem parte dos inúmeros distanciamentos cuja culpa sempre morreu solteira, sob o olhar impávido não só do sector judicial, mas daqueles que hoje condenam a retaliação. As pessoas de bom senso distanciam-se ainda mais no silêncio cúmplice e na omissão criminosa quando nos corredores dizem que são contra, mas publicamente não são capazes de admitir que perderam controlo do seu partido.No ano passado quando fizeram fraude em Gurué, iniciaram uma caça as bruxas contra todos os funcionários municipais que apoiaram a oposição, incluindo transferir alguém que era secretária para passar a colectar lixo sem luvas. Não é violência? Não é vandalismo? Submeti no Tribunal vídeos da UIR a disparar na assembleia de voto, mas nem uma acção criminal foi levantada. É um vandalismo que não mereceu vídeos em tempo de antena. O Estado a perseguir agentes económicos que apoiam a oposição é um vandalismo sem tempo de antena. Secretários de bairro e de partido a escolher quem milita para a oposição com vista a ser recolhido às celas é vandalismo. A Polícia a balear e prender cidadãos ensaguentados caçados casa à casa por militarem na oposição é vandalismo sem tempo de antena. Chamar de terrorista e proferir ameaças contra cidadãos de origem indiana só porque deram pão a manifestantes não é vandalismo?A propaganda não cobre esse vandalismo porque o partido distancia-se.Ficou tão distante que deixou de sentir as dores desse povo, perdeu sensibilidade. Tão distante que as perdas económicas passaram a valer mais do que a vida humana. As pessoas que perderam a vida, que estão detidas e algumas condenadas a pagar mais de 100 mil Meticais pela sua liberdade, não são meras estatísticas.Mas como karma se semeia, hoje quando o povo começou a bater de onde dói mais já conhecem a teoria da culpabilização por omissão de dever. Já percebem o papel das lideranças na promoção da paz. Qualquer acção de diálogo que não se sustentar nestas premissas está condenada ao fracasso porque continua a ignorar a voz do povo. Continuam a condenar ao povo por se defender das injustiças quando todas as instituições falharam lhe proteger.Este momento ficará marcado com letras indeléveis na história do país porque os cidadãos descobriram os meios privados de tutela de direitos:- legítima defesa,- acção directa,- direito de resistência,- estado de necessidade e,- direito de retenção,devidamente previstos e protegidos pelo nosso ordenamento jurídico.Como se poderá repensar Moçambique quando milhares de moçambicanos continuam detidos, alguns arrancados dos cuidados intensivos directo para as celas? Como um diálogo quando a secreta que serve uma cor partidária falsifica fake news e até jornais para atacar quem pensa diferente?Hoje querem a todo o custo buscar lideranças a quem atribuir os danos económicos ocorridos no país durante a manifestação?Enquanto a liderança do país e a do partido no poder não assumirem os danos humanos causados pela tortura, sequestros, assassinatos e detenções arbitrárias nestas manifestações, também "todos distanciam-se dos danos económicos", afinal "o partido distancia-se".Pois então, se a frelimo nunca conseguiu controlar e assumir responsabilidade sobre os seus "molwenes" que agiam a "freelance" porque cargas de água hoje não tolera assumir que está a consumir os frutos de sua própria plantação quando todo um povo decide recorrer aos meios privados de tutela de direitos, de forma autónoma e independente?É possível encher a boca para condenar a violência de alguém que ontem viu o seu pai receber 2 balas na cabeça e outras 5 em outras partes do corpo diante do silêncio das elites?O diálogo e a reconciliação exige resolver esse distanciamento. Assumir que sem ordens superiores ou anuência das lideranças não existiriam hoje os chamados "molwenes" a roubar votos, a prender pessoas nem a matar oposição, e portanto representa a voz oficial da frelimo porque esta nunca responsabilizou. Por isso, sem nenhuma moral para hoje responsabilizar aos outros por permitir aos seus milhões de seguidores voluntários intolerâncias. De contrário, continuaremos num distanciamento colectivo de responsabilidades incapaz de traçar caminhos para reconciliação.Eu sei que o "Povo no Poder" hoje assusta quando sua soberania foi longamente relegada a um plano terciário, mas o problema está longe de ser o povo parar. É preciso ter coragem para ir a raiz do problema e falar com quem verdadeiramente tem poder de parar esta violência. E nunca foi Venâncio, mas sim a verdade. A verdade cura, a verdade reconcilia, a verdade liberta. Se o Presidente Nyusi parar com a violência e escolher a verdade, a violência pára em 24 horas e estará criado o ambiente correcto para reconciliar a periferia e os centros; o urbano e o rural. Façam também apelos ao Presidente Nyusi, ao Conselho Constitucional, a PGR e as instituições que, não pela força das armas, mas pela força da verdade, devem ver, julgar e agir eticamente.Basta de hipocrisia! Segurança para todos, ou todos assumimos a consequência do único país que permitimos erguer. E essa segurança passa por permitir a verdade reinar.QGuirengane
“Em 30 anos de democracia multipartidária, o roteiro da fraude foi sempre o mesmo... A fraude é iniciada logo que as mesas fecham, e a CNE nacional sempre seguiu o mesmo diapasão. E mais, o CC igualmente sempre chancelou o que a CNE remeteu para validação e proclamação”, escreveu Tivane.
“Humanamente, o CC não pode processar essa informação... Nunca ouvi dizer que o CC abriu concurso público para pessoal eventual ou que tenha feito um Joint Venture ou Outsourcing para tal efeito”, argumentou Tivane, sugerindo que a recusa do CC em realizar tal investimento revela uma falta de comprometimento com a transparência.
“Só este gesto demonstra cumplicidade criminosa”, afirmou, acrescentando que essa "falta de vontade de contar" é evidência da "ostentação da imoralidade que a CNE, STAE, CC e FRELIMO vêm fazendo com esta nação".
“Compreendem, agora, que a Senhora Lúcia Ribeiro e os 6 Juízes estão a brincar com os Moçambicanos?... VM7 já não cai mais nesses 'joguinhos' de entretenimento”, declarou.
“Num futuro não muito longínquo, haverá um Mega Julgamento para condenar os obreiros materiais das várias fraudes que Moçambique vem vivendo”, concluiu.
Cidade de Maputo – Enquanto em muitos distritos de Moçambique a população enfrenta uma forte intimidação e pressão para sustentar a narrativa oficial de normalidade, a capital do país, Maputo, testemunhou uma manifestação pacífica, com moradores de Infulene protestando contra o que consideram práticas abusivas e autoritárias. Com cartazes e ao som de vuvuzelas, a manifestação reflete um descontentamento crescente com o ambiente de intimidação nas áreas mais afastadas das cidades principais.
Embora militantes da FRELIMO divulguem que estabelecimentos comerciais e mercados estão operando "a todo vapor", a realidade em grandes cidades do país, como Maputo, difere dessa imagem. Nas cidades, a situação parece tranquila e com relativa normalidade, porém, nos distritos e áreas rurais, há relatos de coerção de funcionários públicos, comerciantes e empresários para sustentar a narrativa do partido.
Clima de Intimidação nos Distritos
Segundo moradores e funcionários em distritos mais distantes, o clima é de medo e pressão. Em vários relatos, trabalhadores relatam ameaças de transferência para locais distantes caso não sigam as ordens de quadros da FRELIMO. Comerciantes, por sua vez, dizem ser ameaçados de fechamento ou de sanções contra seus estabelecimentos se não colaborarem com o partido.
Empresários nos distritos também sofrem pressões para sustentar financeiramente atividades e campanhas do partido, com exigências de "contribuições" forçadas, que, em alguns casos, chegam a valores milionários. A pressão é exercida através de ameaças diretas e indiretas de represálias para aqueles que se recusarem a colaborar.
Manifestação em Infulene
Na cidade de Maputo, especificamente no bairro de Infulene, centenas de pessoas foram às ruas para expressar o descontentamento com essas práticas de intimidação, especialmente nas áreas rurais. Portando cartazes e ao som de vuvuzelas, os manifestantes pediam o fim das ameaças e o respeito aos direitos dos cidadãos, com uma forte ênfase na necessidade de liberdade para expressar opiniões sem represálias.
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Todos Direitos Reservados |
Os protestos em Infulene são um sinal de resistência à crescente repressão nas áreas rurais e de apoio àqueles que sofrem coerção nos distritos. Segundo manifestantes, a população se sente obrigada a “sustentar uma imagem falsa de normalidade” sob risco de consequências severas, tanto profissionais quanto econômicas.
A manifestação em Infulene destaca a disparidade entre a vida nas cidades maiores e nos distritos e expõe o descontentamento generalizado com as práticas de coerção e intimidação impostas pelo partido. Com os cidadãos de Maputo agora vocalizando seu apoio e solidariedade aos habitantes das áreas rurais, aumenta a pressão para que o governo e o partido reconheçam e cessem as práticas opressivas que, segundo os manifestantes, são uma afronta à liberdade e à dignidade humana.
Este episódio reflete uma crescente mobilização da população urbana para exigir transparência e respeito aos direitos em todas as regiões do país, numa tentativa de expor as realidades escondidas nos distritos e apoiar aqueles que sofrem as consequências de se oporem ao controle autoritário.
[Redação: Radar Magazine — MZ || Imagens: Jovens Revolucionários de Infulene]
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«‼️O PARTIDO DISTANCIA-SE‼️
Resumo: "Os apelos para a violência parar devem ser feitos ao Presidente, ao Conselho Constitucional e a quem usa força contra o povo"Nos últimos dias elevam-se apelos para Venâncio parar as manifestações ou assumir a consequência dos actos e sentimentos de cada um dos seus milhões de apoiantes, muitos destes apelos vindo de actores que nunca tiveram a coragem de chamar a responsabilidade quando a frelimo se permitiu distanciar durante 50 anos dos assassinatos, perseguições, sequestros, torturas e exclusões que sempre lhe caracterizaram.Muitos sentem pela primeira vez o aperto que nós sentíamos durante anos e que fingiam não ver porque não lhes afectava. O aperto de não saber se iríamos acordar no dia seguinte porque o cão do dono achava que o dono podia não ter gostado da nossa intervenção na TV. O aperto de viver num bairro cheio de insegurança e não podermos contar com a polícia porque não tem combustível. O aperto de ser assaltado, mas não poder esperar nada da polícia porque afinal o chefe da quadrilha também é um chefe lá na Polícia. O aperto de ter sido banida em todos os canais televisivos e receber chamada de um PCA a dizer "eu concordo com tudo o que dizes, mas os donos do país deram esta ordem". A insegurança de ser expropriado a sua terra porque os interesses económicos da elite valem mais do que a ocupação de boa fé do meu bisavô. O aperto de não saber se ao sair para trabalhar voltarei para casa sem ser violada no caminho. A maioria da população não precisou desta crise para saber o que é viver com medo. Bem vindos ao país do medo sobre o qual Azagaia cantou. E talvez só depois de passarmos todos por este sentimento é que teremos a empatia necessária para construir um país de segurança para todos ou de medo para todos.Há muitos seniores do partido frelimo que já há alguns anos me ligam regularmente, me saudam e elogiam pela luta necessária para a libertação do povo moçambicano. Muitos deles não têm a mesma coragem de expressar publicamente o que lhes vem na alma, mas durante todos estes anos lamentam com os botões os assassinatos, roubos, sequestros, detenções arbitrárias e roubos de votos.Há poucas semanas quando circularam mensagens sobre reuniões supostamente promovidas pelo partido frelimo para falsificação de actas e editais, contactei alguém que também sempre lamentou sobre a situação do país e lhe informei que circulavam mensagens sobre a sua presença em determinada província onde tais falsificações ocorriam. Partilhei que isso afectava profundamente o meu respeito pelos valores morais que sempre defendeu. O que me foi mais curioso foi a sua resposta: "Não se preocupe, se há falsificação ela é feita por grupo de molwenes do partido, eu nunca entrei".Sempre achei curioso e interessante que pessoas com elevado nível de instrução considerassem a hipótese de militar e beneficiar de um partido onde tem molwenes que obstruem a vontade do povo, mas enquanto isso não lhe afecta fecham os olhos para não ver. A hipótese de militar num partido onde tem esquadrões da morte, mas enquanto não for visível provas ao público, preferem fingir não ver. Diga-se, não provas de que existem esquadrões da morte porque isso é público. Não provas de que há agentes do Estado envolvidos no esquadrão porque Matavel provou isso. Não provas de que existem seniores envolvidos nas ordens porque isso também já veio a tona. Prova de que são todos cúmplices e beneficiários da manutenção no poder pela força das armas daqueles que "têm que querer para o povo querer que eles queiram".Trago esta reflexão hoje porque já veio ao público uma deputada do partido frelimo sugerir que Fátima Mimbire deveria ser violada por 10 homens, o partido se distanciou. Veio a público que o partido frelimo era indiciado de receber 10 milhões de dólares das dívidas ilegais, o partido se distanciou. Veio ao público que existia um deputado indiciado de violação, o partido se distanciou. Veio ao público mensagem de um senior a sugerir soluções extrajudiciais para os que criticam a frelimo e logo depois Cistac foi assassinado, seguiu-se o silêncio.Vieram evidências de enchimento de urnas a favor da frelimo, o partido se distanciou.Vieram evidências de assassinato de opositores, o partido se distanciou. Veio um potencial deputado chamar um candidato eleitoral de cão e houve silêncio. Foram milhares de moçambicanos em todo o país vítimas de ódio sequestrados, torturados, assassinados, perseguidos, transferidos sob o distanciamento permanente do partido em relação ao povo.Tornaram-se tão elitistas que se distanciam constantemente dos elementos do povo a quem chamam "molwene" e usam no trabalho sujo.Elvinos, Cistac, Siba Siba, Amurane, Pondeca, Matavel, entre muitos outros incluindo anónimos, fazem parte dos inúmeros distanciamentos cuja culpa sempre morreu solteira, sob o olhar impávido não só do sector judicial, mas daqueles que hoje condenam a retaliação. As pessoas de bom senso distanciam-se ainda mais no silêncio cúmplice e na omissão criminosa quando nos corredores dizem que são contra, mas publicamente não são capazes de admitir que perderam controlo do seu partido.No ano passado quando fizeram fraude em Gurué, iniciaram uma caça as bruxas contra todos os funcionários municipais que apoiaram a oposição, incluindo transferir alguém que era secretária para passar a colectar lixo sem luvas. Não é violência? Não é vandalismo? Submeti no Tribunal vídeos da UIR a disparar na assembleia de voto, mas nem uma acção criminal foi levantada. É um vandalismo que não mereceu vídeos em tempo de antena. O Estado a perseguir agentes económicos que apoiam a oposição é um vandalismo sem tempo de antena. Secretários de bairro e de partido a escolher quem milita para a oposição com vista a ser recolhido às celas é vandalismo. A Polícia a balear e prender cidadãos ensaguentados caçados casa à casa por militarem na oposição é vandalismo sem tempo de antena. Chamar de terrorista e proferir ameaças contra cidadãos de origem indiana só porque deram pão a manifestantes não é vandalismo?A propaganda não cobre esse vandalismo porque o partido distancia-se.Ficou tão distante que deixou de sentir as dores desse povo, perdeu sensibilidade. Tão distante que as perdas económicas passaram a valer mais do que a vida humana. As pessoas que perderam a vida, que estão detidas e algumas condenadas a pagar mais de 100 mil Meticais pela sua liberdade, não são meras estatísticas.Mas como karma se semeia, hoje quando o povo começou a bater de onde dói mais já conhecem a teoria da culpabilização por omissão de dever. Já percebem o papel das lideranças na promoção da paz. Qualquer acção de diálogo que não se sustentar nestas premissas está condenada ao fracasso porque continua a ignorar a voz do povo. Continuam a condenar ao povo por se defender das injustiças quando todas as instituições falharam lhe proteger.Este momento ficará marcado com letras indeléveis na história do país porque os cidadãos descobriram os meios privados de tutela de direitos:- legítima defesa,- acção directa,- direito de resistência,- estado de necessidade e,- direito de retenção,devidamente previstos e protegidos pelo nosso ordenamento jurídico.Como se poderá repensar Moçambique quando milhares de moçambicanos continuam detidos, alguns arrancados dos cuidados intensivos directo para as celas? Como um diálogo quando a secreta que serve uma cor partidária falsifica fake news e até jornais para atacar quem pensa diferente?Hoje querem a todo o custo buscar lideranças a quem atribuir os danos económicos ocorridos no país durante a manifestação?Enquanto a liderança do país e a do partido no poder não assumirem os danos humanos causados pela tortura, sequestros, assassinatos e detenções arbitrárias nestas manifestações, também "todos distanciam-se dos danos económicos", afinal "o partido distancia-se".Pois então, se a frelimo nunca conseguiu controlar e assumir responsabilidade sobre os seus "molwenes" que agiam a "freelance" porque cargas de água hoje não tolera assumir que está a consumir os frutos de sua própria plantação quando todo um povo decide recorrer aos meios privados de tutela de direitos, de forma autónoma e independente?É possível encher a boca para condenar a violência de alguém que ontem viu o seu pai receber 2 balas na cabeça e outras 5 em outras partes do corpo diante do silêncio das elites?O diálogo e a reconciliação exige resolver esse distanciamento. Assumir que sem ordens superiores ou anuência das lideranças não existiriam hoje os chamados "molwenes" a roubar votos, a prender pessoas nem a matar oposição, e portanto representa a voz oficial da frelimo porque esta nunca responsabilizou. Por isso, sem nenhuma moral para hoje responsabilizar aos outros por permitir aos seus milhões de seguidores voluntários intolerâncias. De contrário, continuaremos num distanciamento colectivo de responsabilidades incapaz de traçar caminhos para reconciliação.Eu sei que o "Povo no Poder" hoje assusta quando sua soberania foi longamente relegada a um plano terciário, mas o problema está longe de ser o povo parar. É preciso ter coragem para ir a raiz do problema e falar com quem verdadeiramente tem poder de parar esta violência. E nunca foi Venâncio, mas sim a verdade. A verdade cura, a verdade reconcilia, a verdade liberta. Se o Presidente Nyusi parar com a violência e escolher a verdade, a violência pára em 24 horas e estará criado o ambiente correcto para reconciliar a periferia e os centros; o urbano e o rural. Façam também apelos ao Presidente Nyusi, ao Conselho Constitucional, a PGR e as instituições que, não pela força das armas, mas pela força da verdade, devem ver, julgar e agir eticamente.Basta de hipocrisia! Segurança para todos, ou todos assumimos a consequência do único país que permitimos erguer. E essa segurança passa por permitir a verdade reinar.QGuirengane
“Em 30 anos de democracia multipartidária, o roteiro da fraude foi sempre o mesmo... A fraude é iniciada logo que as mesas fecham, e a CNE nacional sempre seguiu o mesmo diapasão. E mais, o CC igualmente sempre chancelou o que a CNE remeteu para validação e proclamação”, escreveu Tivane.
“Humanamente, o CC não pode processar essa informação... Nunca ouvi dizer que o CC abriu concurso público para pessoal eventual ou que tenha feito um Joint Venture ou Outsourcing para tal efeito”, argumentou Tivane, sugerindo que a recusa do CC em realizar tal investimento revela uma falta de comprometimento com a transparência.
“Só este gesto demonstra cumplicidade criminosa”, afirmou, acrescentando que essa "falta de vontade de contar" é evidência da "ostentação da imoralidade que a CNE, STAE, CC e FRELIMO vêm fazendo com esta nação".
“Compreendem, agora, que a Senhora Lúcia Ribeiro e os 6 Juízes estão a brincar com os Moçambicanos?... VM7 já não cai mais nesses 'joguinhos' de entretenimento”, declarou.
“Num futuro não muito longínquo, haverá um Mega Julgamento para condenar os obreiros materiais das várias fraudes que Moçambique vem vivendo”, concluiu.
Cidade de Maputo – Enquanto em muitos distritos de Moçambique a população enfrenta uma forte intimidação e pressão para sustentar a narrativa oficial de normalidade, a capital do país, Maputo, testemunhou uma manifestação pacífica, com moradores de Infulene protestando contra o que consideram práticas abusivas e autoritárias. Com cartazes e ao som de vuvuzelas, a manifestação reflete um descontentamento crescente com o ambiente de intimidação nas áreas mais afastadas das cidades principais.
Embora militantes da FRELIMO divulguem que estabelecimentos comerciais e mercados estão operando "a todo vapor", a realidade em grandes cidades do país, como Maputo, difere dessa imagem. Nas cidades, a situação parece tranquila e com relativa normalidade, porém, nos distritos e áreas rurais, há relatos de coerção de funcionários públicos, comerciantes e empresários para sustentar a narrativa do partido.
Clima de Intimidação nos Distritos
Segundo moradores e funcionários em distritos mais distantes, o clima é de medo e pressão. Em vários relatos, trabalhadores relatam ameaças de transferência para locais distantes caso não sigam as ordens de quadros da FRELIMO. Comerciantes, por sua vez, dizem ser ameaçados de fechamento ou de sanções contra seus estabelecimentos se não colaborarem com o partido.
Empresários nos distritos também sofrem pressões para sustentar financeiramente atividades e campanhas do partido, com exigências de "contribuições" forçadas, que, em alguns casos, chegam a valores milionários. A pressão é exercida através de ameaças diretas e indiretas de represálias para aqueles que se recusarem a colaborar.
Manifestação em Infulene
Na cidade de Maputo, especificamente no bairro de Infulene, centenas de pessoas foram às ruas para expressar o descontentamento com essas práticas de intimidação, especialmente nas áreas rurais. Portando cartazes e ao som de vuvuzelas, os manifestantes pediam o fim das ameaças e o respeito aos direitos dos cidadãos, com uma forte ênfase na necessidade de liberdade para expressar opiniões sem represálias.
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Os protestos em Infulene são um sinal de resistência à crescente repressão nas áreas rurais e de apoio àqueles que sofrem coerção nos distritos. Segundo manifestantes, a população se sente obrigada a “sustentar uma imagem falsa de normalidade” sob risco de consequências severas, tanto profissionais quanto econômicas.
A manifestação em Infulene destaca a disparidade entre a vida nas cidades maiores e nos distritos e expõe o descontentamento generalizado com as práticas de coerção e intimidação impostas pelo partido. Com os cidadãos de Maputo agora vocalizando seu apoio e solidariedade aos habitantes das áreas rurais, aumenta a pressão para que o governo e o partido reconheçam e cessem as práticas opressivas que, segundo os manifestantes, são uma afronta à liberdade e à dignidade humana.
Este episódio reflete uma crescente mobilização da população urbana para exigir transparência e respeito aos direitos em todas as regiões do país, numa tentativa de expor as realidades escondidas nos distritos e apoiar aqueles que sofrem as consequências de se oporem ao controle autoritário.
[Redação: Radar Magazine — MZ || Imagens: Jovens Revolucionários de Infulene]
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«‼️O PARTIDO DISTANCIA-SE‼️
Resumo: "Os apelos para a violência parar devem ser feitos ao Presidente, ao Conselho Constitucional e a quem usa força contra o povo"Nos últimos dias elevam-se apelos para Venâncio parar as manifestações ou assumir a consequência dos actos e sentimentos de cada um dos seus milhões de apoiantes, muitos destes apelos vindo de actores que nunca tiveram a coragem de chamar a responsabilidade quando a frelimo se permitiu distanciar durante 50 anos dos assassinatos, perseguições, sequestros, torturas e exclusões que sempre lhe caracterizaram.Muitos sentem pela primeira vez o aperto que nós sentíamos durante anos e que fingiam não ver porque não lhes afectava. O aperto de não saber se iríamos acordar no dia seguinte porque o cão do dono achava que o dono podia não ter gostado da nossa intervenção na TV. O aperto de viver num bairro cheio de insegurança e não podermos contar com a polícia porque não tem combustível. O aperto de ser assaltado, mas não poder esperar nada da polícia porque afinal o chefe da quadrilha também é um chefe lá na Polícia. O aperto de ter sido banida em todos os canais televisivos e receber chamada de um PCA a dizer "eu concordo com tudo o que dizes, mas os donos do país deram esta ordem". A insegurança de ser expropriado a sua terra porque os interesses económicos da elite valem mais do que a ocupação de boa fé do meu bisavô. O aperto de não saber se ao sair para trabalhar voltarei para casa sem ser violada no caminho. A maioria da população não precisou desta crise para saber o que é viver com medo. Bem vindos ao país do medo sobre o qual Azagaia cantou. E talvez só depois de passarmos todos por este sentimento é que teremos a empatia necessária para construir um país de segurança para todos ou de medo para todos.Há muitos seniores do partido frelimo que já há alguns anos me ligam regularmente, me saudam e elogiam pela luta necessária para a libertação do povo moçambicano. Muitos deles não têm a mesma coragem de expressar publicamente o que lhes vem na alma, mas durante todos estes anos lamentam com os botões os assassinatos, roubos, sequestros, detenções arbitrárias e roubos de votos.Há poucas semanas quando circularam mensagens sobre reuniões supostamente promovidas pelo partido frelimo para falsificação de actas e editais, contactei alguém que também sempre lamentou sobre a situação do país e lhe informei que circulavam mensagens sobre a sua presença em determinada província onde tais falsificações ocorriam. Partilhei que isso afectava profundamente o meu respeito pelos valores morais que sempre defendeu. O que me foi mais curioso foi a sua resposta: "Não se preocupe, se há falsificação ela é feita por grupo de molwenes do partido, eu nunca entrei".Sempre achei curioso e interessante que pessoas com elevado nível de instrução considerassem a hipótese de militar e beneficiar de um partido onde tem molwenes que obstruem a vontade do povo, mas enquanto isso não lhe afecta fecham os olhos para não ver. A hipótese de militar num partido onde tem esquadrões da morte, mas enquanto não for visível provas ao público, preferem fingir não ver. Diga-se, não provas de que existem esquadrões da morte porque isso é público. Não provas de que há agentes do Estado envolvidos no esquadrão porque Matavel provou isso. Não provas de que existem seniores envolvidos nas ordens porque isso também já veio a tona. Prova de que são todos cúmplices e beneficiários da manutenção no poder pela força das armas daqueles que "têm que querer para o povo querer que eles queiram".Trago esta reflexão hoje porque já veio ao público uma deputada do partido frelimo sugerir que Fátima Mimbire deveria ser violada por 10 homens, o partido se distanciou. Veio a público que o partido frelimo era indiciado de receber 10 milhões de dólares das dívidas ilegais, o partido se distanciou. Veio ao público que existia um deputado indiciado de violação, o partido se distanciou. Veio ao público mensagem de um senior a sugerir soluções extrajudiciais para os que criticam a frelimo e logo depois Cistac foi assassinado, seguiu-se o silêncio.Vieram evidências de enchimento de urnas a favor da frelimo, o partido se distanciou.Vieram evidências de assassinato de opositores, o partido se distanciou. Veio um potencial deputado chamar um candidato eleitoral de cão e houve silêncio. Foram milhares de moçambicanos em todo o país vítimas de ódio sequestrados, torturados, assassinados, perseguidos, transferidos sob o distanciamento permanente do partido em relação ao povo.Tornaram-se tão elitistas que se distanciam constantemente dos elementos do povo a quem chamam "molwene" e usam no trabalho sujo.Elvinos, Cistac, Siba Siba, Amurane, Pondeca, Matavel, entre muitos outros incluindo anónimos, fazem parte dos inúmeros distanciamentos cuja culpa sempre morreu solteira, sob o olhar impávido não só do sector judicial, mas daqueles que hoje condenam a retaliação. As pessoas de bom senso distanciam-se ainda mais no silêncio cúmplice e na omissão criminosa quando nos corredores dizem que são contra, mas publicamente não são capazes de admitir que perderam controlo do seu partido.No ano passado quando fizeram fraude em Gurué, iniciaram uma caça as bruxas contra todos os funcionários municipais que apoiaram a oposição, incluindo transferir alguém que era secretária para passar a colectar lixo sem luvas. Não é violência? Não é vandalismo? Submeti no Tribunal vídeos da UIR a disparar na assembleia de voto, mas nem uma acção criminal foi levantada. É um vandalismo que não mereceu vídeos em tempo de antena. O Estado a perseguir agentes económicos que apoiam a oposição é um vandalismo sem tempo de antena. Secretários de bairro e de partido a escolher quem milita para a oposição com vista a ser recolhido às celas é vandalismo. A Polícia a balear e prender cidadãos ensaguentados caçados casa à casa por militarem na oposição é vandalismo sem tempo de antena. Chamar de terrorista e proferir ameaças contra cidadãos de origem indiana só porque deram pão a manifestantes não é vandalismo?A propaganda não cobre esse vandalismo porque o partido distancia-se.Ficou tão distante que deixou de sentir as dores desse povo, perdeu sensibilidade. Tão distante que as perdas económicas passaram a valer mais do que a vida humana. As pessoas que perderam a vida, que estão detidas e algumas condenadas a pagar mais de 100 mil Meticais pela sua liberdade, não são meras estatísticas.Mas como karma se semeia, hoje quando o povo começou a bater de onde dói mais já conhecem a teoria da culpabilização por omissão de dever. Já percebem o papel das lideranças na promoção da paz. Qualquer acção de diálogo que não se sustentar nestas premissas está condenada ao fracasso porque continua a ignorar a voz do povo. Continuam a condenar ao povo por se defender das injustiças quando todas as instituições falharam lhe proteger.Este momento ficará marcado com letras indeléveis na história do país porque os cidadãos descobriram os meios privados de tutela de direitos:- legítima defesa,- acção directa,- direito de resistência,- estado de necessidade e,- direito de retenção,devidamente previstos e protegidos pelo nosso ordenamento jurídico.Como se poderá repensar Moçambique quando milhares de moçambicanos continuam detidos, alguns arrancados dos cuidados intensivos directo para as celas? Como um diálogo quando a secreta que serve uma cor partidária falsifica fake news e até jornais para atacar quem pensa diferente?Hoje querem a todo o custo buscar lideranças a quem atribuir os danos económicos ocorridos no país durante a manifestação?Enquanto a liderança do país e a do partido no poder não assumirem os danos humanos causados pela tortura, sequestros, assassinatos e detenções arbitrárias nestas manifestações, também "todos distanciam-se dos danos económicos", afinal "o partido distancia-se".Pois então, se a frelimo nunca conseguiu controlar e assumir responsabilidade sobre os seus "molwenes" que agiam a "freelance" porque cargas de água hoje não tolera assumir que está a consumir os frutos de sua própria plantação quando todo um povo decide recorrer aos meios privados de tutela de direitos, de forma autónoma e independente?É possível encher a boca para condenar a violência de alguém que ontem viu o seu pai receber 2 balas na cabeça e outras 5 em outras partes do corpo diante do silêncio das elites?O diálogo e a reconciliação exige resolver esse distanciamento. Assumir que sem ordens superiores ou anuência das lideranças não existiriam hoje os chamados "molwenes" a roubar votos, a prender pessoas nem a matar oposição, e portanto representa a voz oficial da frelimo porque esta nunca responsabilizou. Por isso, sem nenhuma moral para hoje responsabilizar aos outros por permitir aos seus milhões de seguidores voluntários intolerâncias. De contrário, continuaremos num distanciamento colectivo de responsabilidades incapaz de traçar caminhos para reconciliação.Eu sei que o "Povo no Poder" hoje assusta quando sua soberania foi longamente relegada a um plano terciário, mas o problema está longe de ser o povo parar. É preciso ter coragem para ir a raiz do problema e falar com quem verdadeiramente tem poder de parar esta violência. E nunca foi Venâncio, mas sim a verdade. A verdade cura, a verdade reconcilia, a verdade liberta. Se o Presidente Nyusi parar com a violência e escolher a verdade, a violência pára em 24 horas e estará criado o ambiente correcto para reconciliar a periferia e os centros; o urbano e o rural. Façam também apelos ao Presidente Nyusi, ao Conselho Constitucional, a PGR e as instituições que, não pela força das armas, mas pela força da verdade, devem ver, julgar e agir eticamente.Basta de hipocrisia! Segurança para todos, ou todos assumimos a consequência do único país que permitimos erguer. E essa segurança passa por permitir a verdade reinar.QGuirengane
“Em 30 anos de democracia multipartidária, o roteiro da fraude foi sempre o mesmo... A fraude é iniciada logo que as mesas fecham, e a CNE nacional sempre seguiu o mesmo diapasão. E mais, o CC igualmente sempre chancelou o que a CNE remeteu para validação e proclamação”, escreveu Tivane.
“Humanamente, o CC não pode processar essa informação... Nunca ouvi dizer que o CC abriu concurso público para pessoal eventual ou que tenha feito um Joint Venture ou Outsourcing para tal efeito”, argumentou Tivane, sugerindo que a recusa do CC em realizar tal investimento revela uma falta de comprometimento com a transparência.
“Só este gesto demonstra cumplicidade criminosa”, afirmou, acrescentando que essa "falta de vontade de contar" é evidência da "ostentação da imoralidade que a CNE, STAE, CC e FRELIMO vêm fazendo com esta nação".
“Compreendem, agora, que a Senhora Lúcia Ribeiro e os 6 Juízes estão a brincar com os Moçambicanos?... VM7 já não cai mais nesses 'joguinhos' de entretenimento”, declarou.
“Num futuro não muito longínquo, haverá um Mega Julgamento para condenar os obreiros materiais das várias fraudes que Moçambique vem vivendo”, concluiu.
Cidade de Maputo – Enquanto em muitos distritos de Moçambique a população enfrenta uma forte intimidação e pressão para sustentar a narrativa oficial de normalidade, a capital do país, Maputo, testemunhou uma manifestação pacífica, com moradores de Infulene protestando contra o que consideram práticas abusivas e autoritárias. Com cartazes e ao som de vuvuzelas, a manifestação reflete um descontentamento crescente com o ambiente de intimidação nas áreas mais afastadas das cidades principais.
Embora militantes da FRELIMO divulguem que estabelecimentos comerciais e mercados estão operando "a todo vapor", a realidade em grandes cidades do país, como Maputo, difere dessa imagem. Nas cidades, a situação parece tranquila e com relativa normalidade, porém, nos distritos e áreas rurais, há relatos de coerção de funcionários públicos, comerciantes e empresários para sustentar a narrativa do partido.
Clima de Intimidação nos Distritos
Segundo moradores e funcionários em distritos mais distantes, o clima é de medo e pressão. Em vários relatos, trabalhadores relatam ameaças de transferência para locais distantes caso não sigam as ordens de quadros da FRELIMO. Comerciantes, por sua vez, dizem ser ameaçados de fechamento ou de sanções contra seus estabelecimentos se não colaborarem com o partido.
Empresários nos distritos também sofrem pressões para sustentar financeiramente atividades e campanhas do partido, com exigências de "contribuições" forçadas, que, em alguns casos, chegam a valores milionários. A pressão é exercida através de ameaças diretas e indiretas de represálias para aqueles que se recusarem a colaborar.
Manifestação em Infulene
Na cidade de Maputo, especificamente no bairro de Infulene, centenas de pessoas foram às ruas para expressar o descontentamento com essas práticas de intimidação, especialmente nas áreas rurais. Portando cartazes e ao som de vuvuzelas, os manifestantes pediam o fim das ameaças e o respeito aos direitos dos cidadãos, com uma forte ênfase na necessidade de liberdade para expressar opiniões sem represálias.
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Os protestos em Infulene são um sinal de resistência à crescente repressão nas áreas rurais e de apoio àqueles que sofrem coerção nos distritos. Segundo manifestantes, a população se sente obrigada a “sustentar uma imagem falsa de normalidade” sob risco de consequências severas, tanto profissionais quanto econômicas.
A manifestação em Infulene destaca a disparidade entre a vida nas cidades maiores e nos distritos e expõe o descontentamento generalizado com as práticas de coerção e intimidação impostas pelo partido. Com os cidadãos de Maputo agora vocalizando seu apoio e solidariedade aos habitantes das áreas rurais, aumenta a pressão para que o governo e o partido reconheçam e cessem as práticas opressivas que, segundo os manifestantes, são uma afronta à liberdade e à dignidade humana.
Este episódio reflete uma crescente mobilização da população urbana para exigir transparência e respeito aos direitos em todas as regiões do país, numa tentativa de expor as realidades escondidas nos distritos e apoiar aqueles que sofrem as consequências de se oporem ao controle autoritário.
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