A recente chegada de 2 mil militares do Ruanda em Cabo Delgado, especificamente em Macomia, levantou sérias preocupações sobre a possível apropriação da província pelo presidente ruandês Paul Kagame. A ampliação da presença militar ruandesa na região tem gerado inquietação sobre as intenções de Kagame e o impacto sobre a população local.
Os militares ruandeses, que chegaram em grande número, estão sendo acusados por residentes e observadores de ocupar propriedades locais e negar a devolução aos seus legítimos proprietários. Além disso, há alegações de que estes militares estão se estabelecendo ao longo da zona costeira da província, aparentemente para realizar atividades de comércio ilegal.
Um militar, que preferiu não se identificar, expressou descontentamento com a situação, afirmando:
“Estamos a lutar uma guerra que nem entendemos completamente, e alguns de nossos compatriotas ocuparam casas dos nativos, negando-se a entregá-las aos proprietários originais. Eles já tomaram toda a zona costeira, onde estão envolvidos em negócios ilegais.”
Essa situação levanta questões sobre a verdadeira motivação por trás da presença militar ruandesa e as possíveis implicações para a soberania de Moçambique. A crescente influência de Kagame na região poderá ter consequências profundas, não só para a segurança local, mas também para a estabilidade política e econômica de Cabo Delgado e de Moçambique como um todo.
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| Mapa da Província de Cabo Delgado, via Geografia de Moçambique |
As autoridades moçambicanas e a comunidade internacional estão monitorando de perto a situação, enquanto os cidadãos locais clamam por uma solução rápida e justa para a crise emergente.
#UnayCambuma
Redação: RadarMZ
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