O antigo presidente de Moçambique, Joaquim Alberto Chissano, na suas declarações durante a comemoração do dia dos Acordos de Lusaka da Vitória, fez revelações importantes sobre os bastidores dos Acordos de Lusaka, que selaram a independência de Moçambique em 1974. Segundo Chissano, houve tentativas de inviabilizar a assinatura dos acordos, sendo Uria Simango, uma das figuras mais controversas da época, um dos envolvidos.
De acordo com Chissano, Simango teria se aliado ao regime colonial português e mantido contatos com o líder do apartheid sul-africano, buscando formas de impedir a concretização dos acordos que garantiriam a independência do país. As ações de Simango, conforme relatado, incluíam apelos para uma intervenção do governo sul-africano, de modo a interromper as negociações entre a FRELIMO e Portugal, responsáveis por formalizar o processo de transição de poder.
Essas revelações lançam luz sobre as complexidades políticas da época e os obstáculos enfrentados pela FRELIMO na luta pela independência. Chissano destacou que, apesar dessas tentativas de sabotagem, a determinação do movimento de libertação prevaleceu, levando Moçambique a conquistar a independência em 25 de junho de 1975.
O papel de Uria Simango, que já era uma figura contestada dentro da FRELIMO, ganha uma nova camada de interpretação histórica com essas declarações de Chissano, reforçando a narrativa de traição que cercou sua trajetória política.
Redação: RadarMZ
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