O caso de Katherine Knight chocou a Austrália e o mundo em 2000, quando ela assassinou brutalmente seu companheiro, John Price, em um crime que beirou o macabro. A mulher esfaqueou o homem 37 vezes, decapitou-o e cozinhou partes de seu corpo, servindo-as acompanhadas de vegetais aos filhos do casal. O ato hediondo tornou Katherine a primeira mulher no país a ser condenada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Katherine Knight já era conhecida por seu comportamento violento com parceiros anteriores. No dia anterior ao assassinato, John Price havia emitido uma ordem de restrição contra ela, temendo pela própria vida e pela segurança dos filhos. A decisão foi motivada por agressões anteriores, incluindo uma facada no peito. Mesmo assim, Price retornou à sua casa na noite do crime, receoso de deixar os filhos sozinhos.
Na manhã seguinte, um vizinho percebeu que algo estava errado ao notar o carro de John ainda na garagem e sua ausência no trabalho. Price havia alertado colegas que, caso não aparecesse, seria porque Katherine o havia matado.
Durante a madrugada, Katherine esfaqueou Price 37 vezes no quarto. Mesmo gravemente ferido, ele conseguiu sair do cômodo, mas sucumbiu à perda de sangue antes de conseguir ajuda. Katherine, então, decapitou o corpo e cozinhou a cabeça e outras partes, montando um prato grotesco com batata assada, cenoura e abóbora. Os pratos foram servidos em mesas com o nome dos filhos de Price, mas não há evidências de que as crianças tenham consumido a comida.
Ao lado de uma fotografia de John, Katherine deixou uma nota manchada de sangue e coberta com carne do próprio marido, acusando-o de crimes que nunca foram confirmados.
O passado de Katherine era marcado por episódios alarmantes de violência doméstica e crueldade. Em uma ocasião, ela tentou estrangular um ex-marido na noite de núpcias por ele ter adormecido após relações sexuais. Em outra, empurrou com violência o carrinho do filho recém-nascido para uma linha de trem, mas a criança foi salva por um transeunte momentos antes da chegada de um comboio.
Além disso, Katherine chegou a cortar a garganta de um filhote de cachorro na frente de um parceiro e esfaqueá-lo no abdômen durante uma discussão.
Após sua prisão, Katherine foi considerada culpada de assassinato e sentenciada à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. Atualmente, ela cumpre pena no Centro Correcional Feminino de Silverwater, em Sidney.
O caso continua sendo um dos mais perturbadores da história criminal australiana, trazendo à tona questões sobre violência doméstica e a incapacidade de sistemas legais e sociais de prever e prevenir tragédias dessa magnitude.
[Fonte: CM Jornal|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Getty images]
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