Sete taxistas foram detidos no bairro Matundo, em Tete, na praça da paragem Oficina, sob alegações de perseguição política por apoiarem Venâncio Mondlane, líder do partido PODEMOS. Os detidos foram conduzidos à 5ª Esquadra da Polícia, enquanto outros simpatizantes, que estavam ausentes no momento, relatam viver sob constante ameaça.
De acordo com uma das testemunhas que conseguiu escapar por não estar na cidade no momento da detenção, a ação foi motivada por razões políticas. "Estamos sendo perseguidos por expressar nosso apoio a Venâncio. Pedimos ajuda para que nossos colegas sejam libertados e possamos trabalhar sem medo", disse o taxista, sob anonimato, temendo represálias.
A denúncia ocorre em meio a um clima tenso no país, com manifestações e descontentamento generalizado após as eleições de 9 de outubro de 2024. Partidos da oposição, como o PODEMOS, têm denunciado irregularidades no processo eleitoral e criticado a repressão a seus simpatizantes.
Até o momento, as autoridades policiais em Tete não emitiram um comunicado oficial sobre o caso, mas ativistas dos direitos humanos na região apontam para um possível abuso de poder. "Se essas detenções foram feitas sem justificativa legal, estamos diante de uma grave violação dos direitos básicos de liberdade de expressão e associação", afirmou Quitéria Guirengane, activista social e defensora dos direitos humanos.
Familiares e colegas dos taxistas detidos apelam para a intervenção de organizações nacionais e internacionais de direitos humanos. Pedem que as detenções sejam investigadas e que seja garantida a liberdade de expressão política, protegida pela Constituição de Moçambique.
A comunidade aguarda esclarecimentos e ações concretas para garantir que episódios de perseguição política não voltem a acontecer, enquanto a tensão em Tete permanece alta.
Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Arquivo Radar
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