A Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE UE) anunciou que continuará em Moçambique para monitorar as próximas fases do processo eleitoral, em meio às tensões crescentes e às alegações de fraude levantadas por Venâncio Mondlane, líder do partido PODEMOS. As manifestações lideradas por Mondlane, também conhecido como VM7, têm ganhado repercussão internacional, com a União Europeia reconhecendo a legitimidade das reclamações de fraude.
Em comunicado, a MOE UE afirmou ter identificado fraudes eleitorais, incluindo manipulação de resultados, e defendeu que cabe às instituições eleitorais esclarecer as irregularidades e ao Conselho Constitucional decidir sobre os contenciosos. A missão reforçou que publicará um relatório final com uma avaliação detalhada e recomendações para melhorar o processo eleitoral em Moçambique.
A permanência da missão europeia sinaliza uma pressão adicional sobre as autoridades moçambicanas para garantir transparência no apuramento dos resultados. A União Europeia também reiterou sua condenação aos assassinatos de Elvino Dias, assessor de Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, observador eleitoral, cujas mortes aumentaram as tensões sociais e políticas no país.
Dada a violência recente relacionada às eleições, a MOE UE apelou à calma e ao respeito pelos direitos políticos e liberdades fundamentais, destacando a necessidade de um processo eleitoral justo. A decisão de permanecer no país até que a verdade eleitoral seja apresentada reflete a seriedade das preocupações internacionais com o desenrolar das eleições em Moçambique.
Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Arquivo Radar]
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