Em uma declaração recente, o renomado artista e ativista social Stewart Sukuma destacou a importância do direito à manifestação pacífica em Moçambique, condenando as frequentes intervenções repressivas da polícia durante protestos populares. Segundo Sukuma, todo cidadão moçambicano tem o direito constitucional de se manifestar sem ser intimidado por ordens superiores que visam a desmobilização das marchas.
"Quando eu, como cidadão apartidário, saio às ruas para me manifestar, não quero que a polícia apareça com ordens para me fazer desistir. Obrigar alguém a recuar em uma manifestação pacífica é uma violação dos direitos humanos universais, dos quais Moçambique é signatário desde que se tornou membro das Nações Unidas em 1975", declarou Sukuma em um apelo à conscientização sobre os direitos fundamentais dos cidadãos.
O artista defende que o papel da polícia não deve ser o de reprimir, mas sim de proteger os manifestantes, garantindo que os protestos ocorram de forma pacífica. Sukuma chamou atenção para o frequente uso da desculpa de que "a população começou a atirar pedras" para justificar a violência policial. Ele questionou a formação das forças de segurança, indagando sobre sua capacidade de distinguir o momento adequado para agir sem recorrer a medidas extremas desde o início.
Para o ativista, as manifestações populares são um reflexo direto de uma governança deficiente que não trata a população com dignidade. "O comportamento do povo é resultado dessa governação", afirmou Sukuma, criticando a falta de compromisso do Estado em garantir uma justiça que atenda igualmente a todos os moçambicanos.
Sukuma também expressou sua preocupação com o uso de cortes de internet como uma ferramenta de repressão, alertando que esses atos representam claros sinais de ameaça à democracia no país. "Quando a democracia é ameaçada, temos que levantar os braços e dizer NÃO! A luta pela democracia deve ser feita todos os dias, por todos os cidadãos conscientes", concluiu.
Essas declarações de Stewart Sukuma refletem um crescente descontentamento com o tratamento dado aos manifestantes em Moçambique, especialmente após relatos recentes de repressão policial durante protestos contra os resultados das eleições de 2024. A posição do artista reforça o apelo por uma maior proteção ao direito de manifestação e o fim de abusos que têm colocado em xeque o respeito pelos direitos humanos no país.
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