O que deveria ser um feriado de descanso está a transformar-se num verdadeiro pesadelo para milhares de moçambicanos que tentam atravessar a fronteira de Ressano Garcia, na Província de Maputo, com destino à África do Sul. O movimento migratório, intensificado pelo fim-de-semana prolongado, resultou em filas intermináveis de viaturas ao longo da Estrada Nacional Número-4 (EN4), que se estendem por mais de dois quilómetros.
Condutores e passageiros enfrentam horas de espera sob um calor escaldante e um trânsito desordenado, enquanto a polícia se desdobra para controlar o fluxo de veículos. O ambiente de aborrecimento e desespero tem sido constante, à medida que o número de viajantes aumenta, sobrecarregando a infraestrutura da fronteira.
Além do caos rodoviário, o local também atraiu vendedores ambulantes, especialmente de comidas rápidas, na expectativa de capitalizar o grande movimento de pessoas. No entanto, mesmo com a intensa movimentação, os vendedores relatam frustração pela falta de clientela, visto que a maior parte dos viajantes está mais preocupada em avançar na fila do que em fazer compras.
Os utentes da fronteira expressam sua insatisfação, destacando a falta de organização e eficiência no processamento da travessia, que transformou um momento que deveria ser de lazer em uma experiência de stress e desconforto. As autoridades fronteiriças ainda não emitiram um comunicado formal sobre as razões do congestionamento, mas as expectativas de alívio no fluxo permanecem baixas para os próximos dias.
Este episódio de longas filas e aborrecimento reflete o desafio que muitas fronteiras enfrentam em épocas de grande movimento, com a infraestrutura e o planejamento incapazes de acompanhar a demanda crescente.
[Fonte: TV Miramar|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Getty Images
|| Maputo, 2024]
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