Há três semanas, estudantes do curso de Medicina da UniZambeze, em Tete, decidiram acampar e dormir nas instalações da universidade, em protesto contra a ausência de estágios, que já se arrasta há oito meses. Segundo os manifestantes, o reitor da instituição estaria a negar a emissão dos contratos necessários para que os estudantes possam iniciar suas atividades de estágio, parte essencial da formação médica.
Os estudantes afirmam que a falta de estágios não só prejudica seu progresso acadêmico, mas também compromete a qualidade do ensino e a sua futura prática profissional. "Estamos aqui por necessidade. Não podemos continuar a aprender apenas na teoria, precisamos da prática para completar nossa formação", declarou um dos estudantes, que preferiu não ser identificado.
O acampamento no campus universitário tornou-se um símbolo da frustração dos alunos, que se dizem sem outra opção senão protestar pacificamente até que uma solução seja encontrada. Até o momento, a administração da UniZambeze não emitiu um comunicado oficial sobre o caso, aumentando a tensão entre os estudantes e as autoridades acadêmicas.
A situação preocupa tanto os alunos quanto suas famílias, que temem que essa paralisação prolongada possa atrasar significativamente a formação médica e, por consequência, a entrada dos novos profissionais no mercado de trabalho, num país que já enfrenta desafios no setor da saúde.
As negociações entre os estudantes e a reitoria permanecem em aberto, mas sem avanços concretos até o momento, deixando a incerteza sobre o retorno às atividades normais de estágio.
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