Edmundo González Urrutia, figura proeminente da oposição venezuelana e feroz crítico do regime de Nicolás Maduro, anunciou de forma audaciosa que se prepara para assumir a presidência da Venezuela em 10 de janeiro do próximo ano. A declaração foi feita durante uma conferência de imprensa no prestigiado Fórum La Toja, na Galiza, Espanha, onde González reafirmou sua legitimidade como líder, sustentada pelo apoio de 8 milhões de eleitores venezuelanos.
Ao ser questionado sobre o processo de transição e a derrubada de Maduro, González fez uma clara distinção entre sua liderança e a de Juan Guaidó, o ex-presidente interino apoiado pela Assembleia Nacional. "Enquanto Guaidó foi nomeado pela Assembleia, eu fui escolhido pelo povo", enfatizou. Sua afirmação ressoa como uma rejeição aos métodos anteriormente utilizados pela oposição, mostrando confiança em uma tomada de posse que, segundo ele, reflete a vontade popular.
O retorno à Venezuela antes da posse também foi um tema abordado por González, que ironizou a situação atual do país ao referir-se à antecipação do Natal por Maduro, sugerindo que poderia antecipar sua própria volta ao território venezuelano.
O anúncio de González surge num contexto de grande incerteza e tensões políticas, com a recente reeleição de Nicolás Maduro em julho deste ano envolta em polêmicas e fortes críticas, tanto internas quanto internacionais. O cenário venezuelano continua a ser um palco de intensos conflitos entre as forças do governo e a oposição, com a tomada de posse de González prometendo aquecer ainda mais a disputa pelo poder no país.
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