Em um incidente que está a gerar indignação em Quelimane, a Delegada da RENAMO, que estava em exercício na mesa 004, na Escola Primária Completa Mártires de Inhassunge, foi detida esta manhã pelo comandante da Quarta Esquadra da Polícia da República de Moçambique (PRM). A detenção ocorreu depois que a Delegada flagrou o presidente de mesa, Ofélio Baptista Carneiro, na posse de mais de 30 boletins de voto, os quais ele tentava introduzir de forma irregular. Carneiro, que é professor e irmão do antigo administrador de Quelimane, Carlos Baptista Carneiro, foi acusado de inutilizar boletins que davam vantagem aos partidos MDM, RENAMO e PODEMOS.
Apesar da gravidade da denúncia, a Delegada da RENAMO foi a única detida no local, enquanto o presidente da mesa, acusado de fraude eleitoral, continua a exercer as suas funções sob o olhar passivo dos agentes da PRM presentes. As autoridades locais bloquearam o acesso ao local, impedindo qualquer intervenção externa, o que aumenta as suspeitas de encobrimento.
Este incidente levanta sérias preocupações sobre a integridade do processo eleitoral em Quelimane, onde a atuação das forças de segurança parece estar a beneficiar aqueles acusados de irregularidades, ao invés de proteger os que denunciam as violações. A situação exige uma intervenção urgente para garantir que a justiça seja feita e que o processo eleitoral seja livre de manipulações.
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