Um esquema grave de manipulação eleitoral foi exposto na cidade de Inhambane, onde três indivíduos ligados à FRELIMO são acusados de operar urnas falsas para fraudar o processo eleitoral. Os principais envolvidos são André Júnior, e o casal José e Maimuna. José é filho de uma deputada da Assembleia da República, enquanto Maimuna já tem promessa de assumir um lugar na Assembleia Provincial no próximo ano.
A operação, apelidada de "Urnas Fakes", tem como objetivo beneficiar a FRELIMO no pleito eleitoral. De acordo com fontes locais, o trio tem desempenhado um papel central na execução desta fraude, tornando-se pilares de uma estratégia de manipulação eleitoral. O PODEMOS, principal partido da oposição na região, foi diretamente prejudicada, com seus fiscais sendo impedidos de monitorar o processo, pois o STAE não forneceu as credenciais necessárias.
A razão por trás desse bloqueio seria a intenção de evitar que Venâncio Mondlane, o candidato do PODEMOS, expusesse as fraudes, especialmente em Inhambane, onde Chapo, ex-governador da província e candidato da FRELIMO, tenta manter a sua influência intacta. O esquema compromete ainda mais a credibilidade do processo eleitoral e aumenta as preocupações sobre a integridade da democracia no país.
As autoridades ainda não se pronunciaram sobre as acusações, mas os residentes de Inhambane exigem uma investigação urgente para garantir que a vontade popular seja respeitada e que os crimes eleitorais não fiquem impunes.
[Fonte: Unay Cambuma|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Getty Images
|| Maputo, 2024]
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