As autoridades venezuelanas libertaram 76 adolescentes que haviam sido detidos durante os protestos ocorridos após as eleições presidenciais de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor. Esses jovens foram presos em meio a uma onda de manifestações que tomaram conta do país, motivadas por denúncias de fraude e irregularidades no processo eleitoral, que deram origem a um dos períodos mais violentos da história recente da Venezuela.
Críticos do governo e diversos acadêmicos têm descrito o período pós-eleitoral como uma fase de intensa repressão estatal, marcada por confrontos entre manifestantes e forças de segurança. As incongruências denunciadas durante o processo eleitoral, somadas ao clima de insatisfação popular, contribuíram para a escalada dos conflitos.
As prisões de adolescentes foram especialmente criticadas por organizações de direitos humanos, que apontaram abusos e a ilegalidade das detenções. A libertação desses jovens é vista como uma tentativa de aplacar as tensões internas e reduzir as críticas internacionais ao governo Maduro, que enfrenta uma crescente pressão da comunidade internacional devido ao seu histórico de repressão política.
Apesar da libertação dos 76 adolescentes, a situação na Venezuela continua tensa, com novas manifestações sendo convocadas por opositores que exigem a revisão dos resultados eleitorais e a realização de novas eleições, livres e justas. O governo, por sua vez, mantém uma postura firme, alegando a legitimidade do processo e acusando a oposição de tentar desestabilizar o país.
Redação: RadarMZ
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