Durante a cerimônia de posse dos novos membros do Conselho Superior da Magistratura, a procuradora-geral Beatriz Buchili fez um pronunciamento incisivo sobre o crescente número de denúncias contra profissionais do Ministério Público (MP) em Moçambique. As queixas, que incluem corrupção, mau atendimento e atrasos processuais, refletem uma crise de confiança no setor, levando Buchili a exigir um maior rigor ético e um estrito cumprimento dos deveres para restaurar a credibilidade da instituição.
Buchili sublinhou a necessidade urgente de uma reforma na conduta dos profissionais do MP, afirmando que a integridade e a eficiência são fundamentais para manter a confiança pública e garantir a justiça. A procuradora-geral também destacou as negociações em curso com o governo para assegurar melhores salários e maior autonomia financeira para o setor, como parte dos esforços para melhorar as condições de trabalho e a eficácia do sistema judicial.
Atualmente, Moçambique conta com 774 magistrados, um aumento significativo em comparação com o número registrado em 2019. Este crescimento é visto como um passo positivo, mas também traz desafios adicionais na gestão e supervisão do setor.
O apelo de Beatriz Buchili por um fortalecimento ético dentro do Ministério Público reflete a crescente pressão para enfrentar e resolver as questões estruturais e administrativas que têm afetado a qualidade dos serviços judiciais no país. As reformas propostas visam não apenas restaurar a confiança do público, mas também assegurar uma justiça mais eficaz e transparente para todos os moçambicanos.
Fonte: O País
Redação: RadarMZ
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