Ossufo Momade, o líder da principal força de oposição em Moçambique, fez uma declaração contundente durante sua campanha eleitoral, prometendo que, se for eleito presidente nas eleições de 9 de outubro, tomará medidas rigorosas contra todos os envolvidos no escândalo da dívida oculta que abalou o país.
O líder da RENAMO não hesitou em afirmar que não permitirá que os responsáveis pela dívida oculta escapem impunes.
"Não faz sentido capturar o camarão miúdo enquanto o peixe grande passeia a sua classe à solta e os seus filhotes, sob efeito de álcool, atropelam peões indefesos."
Declarou Momade, referindo-se à necessidade de responsabilizar não apenas os envolvidos menores, mas principalmente os autores principais desse escândalo que envolveu altos membros do governo e do setor financeiro.
A dívida oculta, que se refere a um esquema de empréstimos secretos contraídos pelo governo moçambicano entre 2013 e 2014, resultou em uma crise financeira severa no país, prejudicando a economia e a reputação internacional de Moçambique. As promessas de Momade refletem um compromisso com a transparência e a justiça, apelando diretamente ao sentimento de indignação popular.
A promessa de Ossufo Momade de prender todos os envolvidos no escândalo, se cumprida, pode significar um marco na luta contra a corrupção em Moçambique. Contudo, resta saber se essa promessa será suficiente para convencer o eleitorado de que ele é o líder capaz de trazer mudanças substanciais ao país.
A declaração do líder da oposição provocou reações diversas no cenário político moçambicano, com apoiantes aplaudindo sua postura firme e críticos questionando a viabilidade de suas promessas em um sistema que tem sido amplamente criticado pela sua falta de transparência e pela influência política nos processos judiciais.
Enquanto as eleições se aproximam, o pronunciamento de Momade acrescenta uma nova camada de tensão e expectativa em um período já carregado de incertezas e desafios para Moçambique.
Redação: RadarMZ
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