Em Maganja da Costa, um funcionário do setor da saúde foi recentemente transferido para uma localidade distante após ter hospedado em sua casa um membro da Coligação Aliança Democrática (CAD). Este incidente reflete uma prática que tem se tornado cada vez mais comum em várias regiões de Moçambique, particularmente nos setores da saúde e da educação.
Funcionários que são percebidos como simpatizantes da oposição, ou que se recusam a pagar quotas ou participar da mobilização eleitoral pelo partido no poder, estão sendo alvo de transferências punitivas. Em muitos casos, essas transferências os obrigam a trabalhar em locais distantes de suas casas, causando transtornos significativos em suas vidas pessoais e profissionais.
No ano passado, mais de 2.000 funcionários foram removidos de zonas autárquicas e enviados para áreas remotas, longe de suas residências. Essas ações têm gerado preocupações sobre o impacto dessas práticas na motivação e no desempenho dos trabalhadores, bem como nas condições dos serviços prestados à população.
Organizações de direitos humanos e sindicatos têm manifestado preocupações sobre a politização do serviço público e a utilização de transferências como forma de represália política. A situação em Maganja da Costa é mais um exemplo de uma prática que, segundo relatos, está afetando a integridade dos serviços públicos em todo o país.
Há um apelo crescente para que as autoridades revisem essas práticas, garantindo que os funcionários públicos possam exercer suas funções sem medo de represálias políticas, promovendo assim um ambiente de trabalho mais justo e eficaz.
Fonte: CIP Eleições
Redação: RadarMZ
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