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Exumação dos restos mortais de André Matsangaissa marca homenagem ao fundador da RENAMO após 45 anos


No último sábado (28), realizaram-se as cerimônias fúnebres de André Matade Matsangaissa, fundador da Resistência Nacional de Moçambique (RENAMO), na sua terra natal, no povoado de Chinhambudzi, distrito de Manica. Quarenta e cinco anos após sua morte em combate, em outubro de 1979, na Gorongosa, província de Sofala, os restos mortais de Matsangaissa foram exumados e entregues à sua família, em um gesto liderado por Ossufo Momade, atual presidente do partido.

Matsangaissa, que perdeu a vida no campo de batalha enquanto lutava contra o governo da FRELIMO, foi um dos principais responsáveis pelo surgimento da RENAMO, movimento que inicialmente se consolidou como uma guerrilha e posteriormente se transformou no maior partido de oposição em Moçambique. Sua liderança e legado permanecem como marcos históricos, principalmente no contexto das lutas pela democratização e pelos direitos civis no país.

A exumação dos seus restos mortais foi vista como uma forma de corrigir um ponto sensível na história da RENAMO, permitindo que a família e seus apoiantes prestassem as devidas homenagens em um local de significado pessoal e histórico para o falecido líder. O evento reuniu membros da RENAMO, líderes comunitários e residentes locais, que relembraram o papel crucial de Matsangaissa na resistência armada e na formação da identidade política do partido.

A cerimônia encerra um longo capítulo da história moçambicana, ao mesmo tempo que reforça a memória de um homem cuja luta moldou décadas de conflito e debate político no país.

[Fonte: O País|| Redação: Radar Magazine — MZ || Imagens: Getty Images || Maputo, 2024]

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