A campanha presidencial de Venâncio Mondlane, autodenominado "VM7", enfrenta um momento delicado após a renúncia de figuras proeminentes que até então o apoiavam. O economista Roberto Tibana e o pastor Raul Novinte, dois dos nomes mais influentes ligados à candidatura, decidiram se afastar, alegando inconsistências ideológicas no discurso e na prática do candidato.
Tibana criticou abertamente comentários de Mondlane que reduziram o papel da mulher à esfera doméstica e mencionou sua defesa controversa da pena de morte como solução para a corrupção. Para o economista, essas falas comprometem o candidato em termos de valores e políticas.
Analistas políticos, como Dércio Alfazema, acreditam que essas saídas podem prejudicar seriamente a campanha, revelando falta de coesão interna e capacidade de gestão por parte de Mondlane. Alfazema observa que a perda de aliados tão influentes pode levantar dúvidas sobre a habilidade de VM7 em liderar o país.
Além disso, Palmira Revula, coordenadora do Centro para Democracia e Direitos Humanos, ressalta que a credibilidade da campanha de Mondlane está em risco, especialmente em relação às suas propostas econômicas, já que Tibana era uma peça fundamental nesse campo. A falta de apoio técnico pode enfraquecer Mondlane diante de seus adversários políticos.
Enquanto isso, Lázaro Mabunda, do Centro de Integridade Pública, levanta a possibilidade de que questões éticas e morais tenham motivado as renúncias, sugerindo que, à medida que os membros da equipe conheciam melhor o projeto político de Mondlane, perceberam incoerências com seus princípios.
Embora a campanha tente minimizar o impacto dessas saídas, os efeitos podem ser mais profundos se a mídia e o eleitorado começarem a dar maior visibilidade ao assunto. Com as eleições se aproximando, resta saber se Venâncio Mondlane conseguirá reparar os danos e retomar a confiança dos eleitores.
.jpg)
.png)
0 Comentários