O candidato presidencial da Nova Democracia, Albino Manguene, enfrentará a justiça na próxima quarta-feira, sendo obrigado a comparecer no tribunal em Maputo, o que o impedirá de realizar atividades de campanha eleitoral nesse dia. A ação judicial, movida pelo Ministério Público, é consequência de declarações feitas por Manguene em novembro de 2023, durante uma entrevista no canal de televisão Glória.
Na ocasião, Manguene criticou duramente as alegadas fraudes que teriam ocorrido nas eleições autárquicas e expressou pessimismo em relação ao futuro da democracia no país. Em uma declaração controversa, o candidato sugeriu que um golpe de Estado seria a única solução viável para o impasse político, após afirmar que sanções econômicas e revoluções populares não seriam suficientes para resolver a situação.
"Não funcionam as sanções econômicas, não funciona a revolução popular, só nos resta uma coisa: o golpe de Estado", declarou Manguene durante a transmissão. Ele ainda apelou às forças policiais e militares, enfatizando a importância de um possível apoio dessas instituições. "Os militares são nossos irmãos, sobrinhos, primos. Os polícias vivem entre nós e precisam nos ajudar, se necessário, com o golpe de Estado", reforçou.
A convocação de Albino Manguene para depor sobre essas declarações foi marcada para a próxima quarta-feira, às 11 horas da manhã. Esse caso coloca o candidato da Nova Democracia em uma situação delicada, já que suas declarações levantaram preocupações sobre a estabilidade democrática e o respeito às instituições em Moçambique, especialmente em um período eleitoral.
Redação: RadarMZ
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