Adriano Maleiane, Primeiro Ministro e Ministro, temporário, das Finanças de Moçambique, foi hoje desmascarado na televisão ao ser confrontado com a enorme dívida de 3 mil milhões de meticais que o governo deve em horas extras aos professores. Durante a entrevista, Maleiane tentou justificar a situação, afirmando que vários processos de pagamento já haviam sido concluídos. No entanto, quando questionado pela jornalista sobre quais eram esses processos e em que direções provinciais os pagamentos haviam sido feitos, o ministro não soube responder.
Visivelmente nervoso e sem respostas concretas, Maleiane começou a gaguejar e evitou fornecer qualquer detalhe, expondo a falta de transparência do governo quanto à dívida com os professores. A situação se tornou embaraçosa quando o ministro, em claro desconforto, olhou para os lados, aparentemente buscando ajuda de seus seguranças, mas sem conseguir justificar suas declarações anteriores.
O episódio expôs mais uma promessa não cumprida e mentiras sobre um problema que afeta diretamente os professores moçambicanos, muitos dos quais continuam a trabalhar sem receber o que lhes é devido. Mesmo assim, alguns professores têm abandonado as salas de aula para fazer campanha política, acreditando em promessas que até agora não se concretizaram.
O governo de Moçambique ainda deve uma explicação clara e um plano concreto para liquidar a dívida de 3 mil milhões de meticais em horas extras, demonstrando que as mentiras e omissões não resolverão a crise que afeta esta importante classe profissional.
[Fonte: STV|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Getty Images
|| Maputo, 2024]
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