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PARLAMENTO DE MOÇAMBIQUE APROVA RESTRIÇÃO DE RECONTAGEM DE VOTOS PELOS TRIBUNAIS DISTRITAIS

No dia 08 de agosto de 2024, o Parlamento moçambicano tomou uma decisão controversa que está a gerar debate intenso: a aprovação de uma lei que impede os tribunais distritais de ordenar a recontagem de votos em caso de irregularidades nas eleições. A partir de agora, essa responsabilidade será exclusiva da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e do Conselho Constitucional.

A decisão foi apoiada por dois dos maiores partidos do país, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Em contrapartida, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) votou contra a medida, expressando preocupações sobre a transparência e a justiça no processo eleitoral.

A nova legislação surge num contexto de desconfiança e tensões crescentes em relação ao processo eleitoral em Moçambique. Em outubro de 2023, durante as eleições autárquicas, o Conselho Constitucional anulou algumas decisões de tribunais distritais que haviam ordenado a repetição de votações devido a irregularidades detectadas. Essa situação gerou um debate acirrado sobre o papel dos tribunais distritais no processo eleitoral.

Com as eleições gerais de 09 de outubro de 2024 a aproximarem-se rapidamente, essa mudança na legislação pode ter implicações significativas. Críticos argumentam que a medida limita a capacidade de supervisão e pode enfraquecer o controle das eleições, ao concentrar o poder de decisão apenas na CNE e no Conselho Constitucional.

A aprovação desta lei levanta preocupações sobre o fortalecimento da democracia e o respeito pelo Estado de Direito em Moçambique. A questão que permanece é se esta nova legislação garantirá um processo eleitoral justo ou se contribuirá para o aumento das tensões e desconfianças políticas no país.

Reflexão sobre a mudança

Essa medida, que retira dos tribunais distritais a capacidade de intervir em casos de irregularidades eleitorais, levanta questionamentos sobre a concentração de poder nas mãos de poucas instituições e o impacto que isso pode ter na confiança do eleitorado. O debate promete continuar, especialmente com a proximidade das eleições, onde a transparência e a justiça são essenciais para a legitimidade dos resultados.


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