A crescente indústria dos raptos em Moçambique está em plena ascensão, superando até o ritmo de desenvolvimento do país. Apesar das repetidas garantias do Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) de estar preparado para enfrentar essa onda de criminalidade, os sequestradores continuam a atuar impunemente. O ano de 2024 já registrou mais raptos do que 2023, e ainda faltam meses para o término do ano. Em contraste com o passado, quando havia intervalos significativos entre os crimes, este ano tem testemunhado a ocorrência de vários sequestros em um único mês.
Nesta quarta-feira, o porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, informou à imprensa que, em 2023, foram registados pelo menos seis raptos, enquanto em 2024, esse número já subiu para nove. Lole reconheceu o aumento, mas destacou que o SERNIC tem intensificado seus esforços para combater o fenômeno e que alguns resultados têm sido obtidos.
A situação tem gerado grande preocupação, especialmente na comunidade muçulmana, que se vê frequentemente afetada por esses crimes. Em uma entrevista exclusiva à TV Sucesso, o especialista em segurança Albino Forquilha afirmou que os raptos em Moçambique tornaram-se uma atividade altamente lucrativa, o que justifica o aumento significativo dos casos este ano em relação à relativa calma de 2023. Forquilha salientou a incapacidade atual das autoridades em enfrentar o problema e sugeriu a formação de uma força-tarefa mais robusta e especializada.
Residentes de Maputo, ouvidos pela TV Sucesso, expressaram seu descontentamento e medo crescente. Muitos afirmam que a capital já não oferece segurança e se tornou a cidade mais perigosa do país.
O advogado Elísio de Sousa reforçou essa preocupação ao afirmar que há uma verdadeira guerra em curso entre os sequestradores e as forças de segurança, com a criminalidade relacionada aos raptos tornando-se cada vez mais sofisticada e desafiadora.
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