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FRELIMO NA TENTATIVA DE “BURLAR” OS MOÇAMBICANOS PARA MAIS UM MANDATO: promessas não cumpridas desde 1975


Com as eleições marcadas para 9 de outubro de 2024, o partido FRELIMO enfrenta duras críticas por não apresentar promessas concretas para o próximo mandato, especialmente no que diz respeito à infraestrutura, como a tão necessária reabilitação da Estrada Nacional Número 1 (EN1). Considerada a principal via que conecta o país de norte a sul, a EN1 está em estado de degradação avançada, tornando-se um verdadeiro martírio para os moçambicanos que dependem dessa estrada para o transporte de mercadorias e serviços essenciais.

As dificuldades enfrentadas diariamente pelos cidadãos ao trafegar pela EN1 são apenas um reflexo das promessas não cumpridas do partido desde 1975. Durante décadas de governação, a FRELIMO tem sido acusada de fazer promessas que, muitas vezes, não se materializam. A construção de infraestruturas críticas, como estradas, tem sido um tema recorrente nos seus manifestos eleitorais, no entanto, a realidade no terreno parece não corresponder ao discurso.

Histórico de falhas e promessas vazias

Desde a independência, a FRELIMO tem mantido o controle político do país, mas sua trajetória está marcada por uma série de promessas não cumpridas. A reabilitação da EN1, que já foi várias vezes anunciada como prioridade, tem sido adiada repetidamente, deixando os cidadãos à mercê de uma via em péssimas condições, que contribui para o aumento dos acidentes de trânsito, o desgaste dos veículos e a frustração geral da população.

A falta de ação em relação à infraestrutura crítica é ainda mais gritante quando se considera a importância da EN1 para o desenvolvimento econômico de Moçambique. Sem uma estrada segura e funcional, regiões inteiras permanecem isoladas, o que compromete o escoamento da produção agrícola e industrial, a circulação de bens e serviços e o acesso a cuidados de saúde e educação.

O estado atual da EN1 é visto por muitos como um símbolo da incapacidade do governo de priorizar o bem-estar dos cidadãos. A cada novo mandato, surgem novas promessas, mas o cenário de ineficiência e desorganização se perpetua, gerando descrença na população.

Fraude eleitoral: um problema histórico 

A questão da fraude eleitoral também não é nova. Desde 1999, há relatos recorrentes de irregularidades em processos eleitorais, com alegações de manipulação de resultados, intimidação de eleitores e uso indevido de recursos do Estado. Em 2024, não parece diferente, com acusações de que o partido FRELIMO estaria mais uma vez tentando garantir sua permanência no poder através de meios questionáveis.

O recente incidente envolvendo o comboio de camiões escoltados na EN1, suspeitos de transportar boletins já votados, é apenas um exemplo das tensões crescentes em torno da transparência do processo eleitoral. A falta de promessas claras por parte da Frelimo para o próximo mandato pode ser interpretada como uma estratégia para evitar compromissos específicos, permitindo ao partido uma maior flexibilidade para governar sem ser cobrado pelas promessas feitas.

O papel dos cidadãos nas eleições de 2024

Com o país se aproximando de mais uma eleição, é crucial que os cidadãos moçambicanos exijam transparência e responsabilidade de seus líderes políticos. A FRELIMO, que governa o país há quase cinco décadas, precisa responder pelas suas promessas não cumpridas e oferecer soluções concretas para os problemas que afligem o país, especialmente no setor de infraestrutura.

A eleição de 9 de outubro é uma oportunidade para os moçambicanos demandarem mudanças reais e melhorias significativas na sua qualidade de vida. Sem promessas claras e um compromisso verdadeiro com o povo, o risco é de que o país continue a enfrentar os mesmos desafios estruturais e sociais que têm travado o seu desenvolvimento por décadas.

A estrada EN1, mais do que uma via física, tornou-se um símbolo do que está em jogo nestas eleições: um futuro em que as promessas são cumpridas e os direitos dos cidadãos são respeitados, ou a continuação de uma trajetória marcada pela falta de transparência e de comprometimento com o povo.


[Fonte: Diário Eleitoral|| Redação: Radar Magazine — MZ || Imagens: Getty Images || Maputo, 2024]

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