O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (8 de dezembro de 2024) que concedeu um "perdão total e incondicional" ao seu filho, Hunter Biden, livrando-o das consequências jurídicas de condenações recentes. Hunter foi condenado em junho deste ano por compra e posse ilegal de arma de fogo e, posteriormente, confessou ter cometido nove crimes fiscais. Com a medida, Hunter não cumprirá pena de prisão, mesmo que fosse sentenciado.
Motivações e contexto político
Em declaração durante um evento na Casa Branca, Biden afirmou que a decisão foi tomada devido a uma suposta motivação política por trás das acusações. "As acusações contra meu filho foram movidas apenas porque ele é meu filho", declarou o presidente. Ele ressaltou que houve "um erro judicial grave" e acusou seus oponentes políticos de utilizarem o processo judicial para minar sua candidatura à reeleição.
Essa decisão surpreende o cenário político, uma vez que Joe Biden havia reiterado anteriormente que não usaria o poder presidencial para interferir nos processos judiciais envolvendo Hunter. Em novembro, a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, afirmou que o presidente não perdoaria o filho. Entretanto, especulações sobre futuras investigações por parte de Donald Trump, presidente eleito que assumirá em janeiro, podem ter influenciado a mudança de postura.
Consequências jurídicas
Com o perdão presidencial, os advogados de Hunter já notificaram os juízes responsáveis, solicitando o cancelamento das audiências marcadas para 12 e 16 de dezembro. O ato impede que Hunter seja sentenciado ou cumpra qualquer pena pelos crimes pelos quais foi condenado.
Reações políticas e precedentes
A decisão gerou controvérsia e comparações com atos de outros presidentes americanos que perdoaram familiares. O "The New York Times" destacou casos como o de Bill Clinton, que perdoou seu irmão Roger Clinton por uso de cocaína, e Donald Trump, que concedeu perdão ao sogro, Charles Kushner, por crimes fiscais.
Analistas políticos sugerem que a decisão de Biden também foi estratégica, considerando o contexto eleitoral. Se Kamala Harris, sua vice-presidente, tivesse vencido as eleições, o cenário poderia ter sido diferente, segundo especulações.
Este perdão presidencial não poderá ser revogado por Donald Trump quando assumir a presidência em janeiro, consolidando o benefício concedido a Hunter Biden. O impacto político da decisão ainda é incerto, mas já tem provocado intensas reações e debate público nos Estados Unidos.
[Fonte: R7|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Arquivo Radar]
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