O candidato presidencial moçambicano Venâncio Mondlane classificou como "advertência injusta" a intimação que recebeu do Ministério Público (MP) do país, acusando a instituição de agir de forma parcial. Mondlane, que é candidato nas eleições presidenciais de 9 de outubro, sugeriu que sua convocação reflete o temor que sua candidatura gera no partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO).
"É uma advertência injusta e parcial, porque há coisas muito mais graves que estão a acontecer neste país e as pessoas não são notificadas", afirmou Mondlane em entrevista. Ele acrescentou que acredita ser o único candidato que realmente preocupa o partido governante.
A intimação, emitida pelo MP em 10 de setembro, alega que Mondlane proferiu ofensas contra o Presidente da República e a Comissão Nacional de Eleições durante sua campanha. Segundo o documento, o comportamento do candidato e de seus apoiantes constitui uma "grave violação" dos direitos fundamentais dos indivíduos visados e pode resultar em sanções criminais.
Mondlane, porém, rebateu as alegações e criticou o fato de que questões mais sérias, em sua visão, não estão sendo tratadas pelas autoridades, enquanto sua campanha é alvo de processos judiciais.
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