A Renamo, principal partido da oposição em Moçambique, reafirmou seu compromisso em reformar o sistema de ensino do país, caso vença as eleições marcadas para o próximo dia 9 de Outubro. A proposta foi anunciada por Adelino Isaque Daniel Changoima, delegado do partido em Tete, durante uma intervenção no posto administrativo de Zóbue, distrito de Moatize.
Changoima criticou duramente o sistema educacional atual, afirmando que, após quase 50 anos de governação pela Frelimo, a educação em Moçambique ainda está "desnorteada". Ele lamentou que muitos estudantes, mesmo após concluírem a 12ª classe, não consigam ler e escrever corretamente, sugerindo que o sistema de ensino adotado pelo partido no poder perpetua o analfabetismo.
A Renamo promete, em seu manifesto eleitoral, implementar um sistema educacional competitivo, ajustado às realidades e necessidades dos moçambicanos. A ideia central é que os alunos já sejam capazes de ler e escrever com proficiência ao final da 7ª classe.
Além das reformas na educação, o partido pretende investir em outras áreas fundamentais, como a abertura de furos de água, melhoria das vias de acesso e promoção da agricultura mecanizada. Segundo Changoima, essas medidas são essenciais para o desenvolvimento do país e representam o compromisso da Renamo em oferecer soluções concretas para os desafios que Moçambique enfrenta.
A proposta surge em meio a uma crescente insatisfação popular com a qualidade do ensino e com a infraestrutura educacional, que há anos são apontados como áreas críticas no desenvolvimento social e econômico do país.
Redação: RadarMZ
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