A principal estrada de Moçambique, a EN1, ficou intransitável por mais de três horas nesta quinta-feira, no posto administrativo de Pambarra, distrito de Vilankulo, província de Inhambane. Populares locais ergueram barricadas e queimaram pneus, exigindo a expulsão de um comerciante da comunidade, acusado de envolvimento em tráfico de órgãos humanos.
A manifestação teve início nas primeiras horas da manhã, causando um grande congestionamento de veículos e interrompendo o tráfego numa das principais vias de ligação do país. Os manifestantes alegam que o comerciante em questão estaria envolvido em atividades ilícitas, especialmente no tráfico de órgãos, o que gerou revolta e medo entre os moradores da região.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) foi acionada para controlar a situação e negociar com os manifestantes. Após longas conversações, a estrada foi reaberta, mas o clima de tensão persiste na comunidade. Segundo fontes locais, os populares exigem uma resposta imediata das autoridades e a remoção do comerciante da área, alegando que sua permanência representa uma ameaça à segurança da população.
A população em uníssono gritava: — “Queremos nossos testículos, no idioma local.”
Assista abaixo ao vídeo:
A PRM informou que está a investigar as alegações de tráfico de órgãos e reforçou o patrulhamento na região para evitar novos protestos. O governo local apelou à calma e pediu que a comunidade aguarde os resultados das investigações antes de tomar medidas drásticas.
Este incidente lança luz sobre a crescente desconfiança e o temor que assola algumas comunidades em Moçambique, em relação a crimes relacionados ao tráfico humano e de órgãos. Autoridades locais reforçaram o compromisso de garantir a segurança e o bem-estar dos cidadãos, e prometeram uma ação rápida e transparente para esclarecer o caso.
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