04 de setembro de 2024 - A dura realidade enfrentada por profissionais da imprensa em Moçambique ganhou um novo capítulo ontem, quando um jornalista que acompanha a campanha de um candidato à presidência quase desistiu de seu trabalho. O jornalista, que recebe um pagamento diário de apenas 1.500 meticais para cobrir todos os eventos e momentos do candidato, pediu um aumento de 500 meticais, que foi prontamente negado.
De acordo com fontes próximas, o jornalista, cujo nome não foi revelado, está exausto pelas longas jornadas e pela baixa remuneração. Além do desgaste físico e emocional, a situação piorou ontem, quando, durante o almoço, ele não teve sequer direito a um refresco gelado, algo que já é escasso nas condições árduas de trabalho que ele enfrenta.
A situação expõe uma faceta preocupante da realidade dos jornalistas em campanhas políticas, onde a pressão para cobrir cada movimento dos candidatos é imensa, mas as condições de trabalho são frequentemente deploráveis. A falta de valorização dos profissionais da imprensa, que desempenham um papel crucial na informação pública, reflete uma realidade de precariedade e exploração.
Sérgio Raimundo - militar que acompanha de perto a campanha, comentou sobre o incidente:
"É lamentável ver como tratam os nossos jornalistas. Eles estão lá todos os dias, sob sol e chuva, e mesmo assim não são devidamente reconhecidos ou recompensados. Isso é um reflexo da nossa miséria."
A falta de condições dignas de trabalho para os jornalistas levanta preocupações não apenas sobre a qualidade da cobertura eleitoral, mas também sobre a liberdade de imprensa e o impacto que essa exploração pode ter na integridade da informação transmitida ao público.
Embora o jornalista tenha decidido continuar com suas atividades por enquanto, o episódio lança luz sobre a necessidade urgente de melhores condições de trabalho e remuneração justa para os profissionais da imprensa em Moçambique.
Fonte: Sérgio Raimundo - Militar
Redação: RadarMZ
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