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Negociações de poder entre Nyusi e Ossufo Momade: verdade ou manipulação?


A recente campanha eleitoral em Moçambique trouxe à tona suspeitas de conluio entre os dois maiores partidos políticos do país, FRELIMO e RENAMO, para negociar o poder após alegadas fraudes eleitorais. Segundo o Centro de Integridade Pública (CIP), declarações dos líderes Filipe Nyusi (FRELIMO) e Ossufo Momade (RENAMO) levantaram suspeitas sobre um possível acordo entre ambos, especialmente após fraudes em eleições passadas.

Ossufo Momade, durante um comício em Cabo Delgado, afirmou que "se eles (FRELIMO) provocarem fraude, não vão fazer acordo comigo". Esta declaração foi interpretada pelo CIP como uma admissão de que acordos de bastidores ocorrem entre os partidos. No entanto, o porta-voz da RENAMO, Marcial Macome, rapidamente refutou as alegações, afirmando que as declarações foram tiradas do contexto e usadas de maneira "desfasada e mal intencionada".

Por outro lado, Nyusi, em Vilankulo, confirmou indiretamente que, em contextos anteriores, houve negociações pós-fraude, embora tenha afirmado que "Inhambane não vai negociar poder", sugerindo uma mudança de postura para as eleições de 2024.

Essas trocas de declarações levantam dúvidas: há, de fato, um acordo não declarado entre os dois partidos para dividir o poder após eleições controversas, ou as acusações são parte de uma estratégia política para desacreditar adversários e gerar desconfiança entre o eleitorado?


[Fonte: DW África|| Redação: Radar Magazine — MZ || Imagens: Getty Images || Maputo, 2024]

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