Em uma reunião realizada na província da Zambézia, presidida pelo governador Pio Matos, líderes comunitários, chefes de repartição e diretores de várias instituições públicas foram ameaçados com a perda de seus cargos caso a FRELIMO não seja vitoriosa nas próximas eleições. O governador, sem hesitação, afirmou que todos os presentes ocupam suas posições graças à confiança do partido FRELIMO. Ele advertiu que, se o partido perder, todos os chefes, incluindo o administrador do distrito, serão destituídos.
Pio Matos enfatizou que os chefes estão em situação de vulnerabilidade financeira, mencionando que muitos possuem dívidas bancárias, o que agrava ainda mais a possível perda dos seus cargos. Durante a reunião, foi orientado que os diretores de escolas e outros líderes comunitários atuem como presidentes ou vice-presidentes de mesas de voto e garantam a vitória da FRELIMO, mesmo que para isso seja necessário “fazer enchimento das urnas”.
A ameaça direta de destituição foi reforçada com a observação de que qualquer tumulto seria controlado pela polícia, assegurando a proteção dos envolvidos. Segundo Matos, todos os esforços devem ser feitos para garantir que o partido permaneça no poder.
Este episódio revela a pressão política imposta sobre os servidores públicos e reforça as denúncias de abuso de poder no processo eleitoral na província.
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