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Gastos exorbitantes da campanha de Daniel Chapo levantam preocupações sobre possível lesão aos cofres do Estado


A campanha eleitoral do candidato da FRELIMO, Daniel Chapo, tem gerado grande inquietação na sociedade moçambicana devido aos altos gastos associados à sua candidatura, o que levanta suspeitas sobre uma possível infração aos cofres do Estado. Chapo e seu partido receberam oficialmente um apoio de 40 milhões de meticais para a campanha, no entanto, os custos diários com os comícios e eventos eleitorais do candidato sugerem que as despesas estão muito além desse valor.

Entre os luxos utilizados na campanha de Chapo, destacam-se o uso de um avião particular e um helicóptero, justificados pela precariedade das estradas repletas de buracos. Além disso, palcos luxuosos, com custo de 2 milhões de meticais por dia, sem contar com o som, ajudam a inflacionar o orçamento da campanha. Também estão sendo gastos recursos significativos com ajudas de custo para funcionários públicos e ministros que acompanham o candidato, incluindo passagens de avião, alojamento em hotéis de luxo e alimentação sofisticada.

Outro fator que tem causado desconforto é o pagamento de grandes somas para músicos e influenciadores que participam dos comícios, recebendo até 150 mil meticais cada um. Além disso, a produção de músicas e o transporte de milhares de pessoas de áreas remotas para os comícios, onde recebem lanches ao final dos eventos, também têm pesado nos custos.


O fornecimento de camisetas, capulanas e bonés para os participantes dos comícios também representa um gasto elevado. Em alguns eventos, cerca de 10 mil pessoas são vestidas com camisetas, o que pode custar 2 milhões de meticais apenas em vestuário. Se distribuídas capulanas para 5 mil mulheres, por exemplo, isso adicionaria mais 1,25 milhão de meticais aos custos.

Circulam nas redes sociais estimativas de que os gastos diários com a campanha de Daniel Chapo superam os 40 milhões de meticais. A preocupação se agrava com o fato de que sua esposa também conduz uma campanha paralela, utilizando a mesma estrutura, o que amplia ainda mais os custos.

Diante desse cenário, muitos cidadãos questionam de onde vem o dinheiro para bancar uma campanha tão luxuosa em um país que enfrenta grandes desafios econômicos e sociais. Há temores de que esses gastos extravagantes possam estar drenando recursos públicos, levantando suspeitas sobre possíveis irregularidades no uso dos fundos destinados à campanha.

O silêncio das autoridades sobre o financiamento da campanha e a falta de transparência nas fontes de recursos alimentam a desconfiança da população, que teme que a campanha de Chapo possa estar lesando os cofres do Estado e agravando a já delicada situação financeira de Moçambique.


Por: RadarMZ 

(Fonte dos dados estatísticos Unay Cambuma) 

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