Em uma conferência de imprensa realizada nesta sexta-feira, a FRELIMO, através do seu porta-voz Crisanto Lichucha, denunciou atos de violência cometidos por membros e simpatizantes do partido PODEMOS durante a campanha eleitoral na Cidade de Pemba, província de Cabo Delgado. Segundo Lichucha, a confusão teria ocorrido quando os simpatizantes do PODEMOS, acompanhados pela Polícia da República de Moçambique (PRM), desviaram sua rota de campanha para uma via onde a FRELIMO realizava atividades.
Lichucha explica que, ao tentar evitar o confronto, a FRELIMO solicitou à PRM que orientasse o PODEMOS a seguir por outro caminho, mas o pedido foi recusado com a justificativa de que "as ruas são espaços públicos". A situação escalou quando, de acordo com Lichucha, "os nossos membros foram agredidos pelos do PODEMOS perante o olhar impávido dos membros da lei e ordem", e os apoiantes do partido rival teriam invadido a sede da FRELIMO, saqueando materiais de campanha, como bandeiras e batuques.
Além dos danos materiais, o porta-voz da FRELIMO reportou que dois membros ficaram feridos durante o incidente, incluindo a secretária de organização da Zona A. Lichucha também criticou a atuação da polícia, afirmando que, em vez de garantir a segurança pública, "incita a violência". Ele concluiu a sua intervenção mencionando que alguns membros do PODEMOS acabaram sendo detidos no Comando Distrital.
A FRELIMO repudia veementemente o que chama de "conivência" da PRM e espera que as autoridades tomem medidas para assegurar que o processo eleitoral decorra de forma pacífica.
[Fonte: Jornal Moçambique|| Redação: Radar Magazine — MZ || Redator: Edílson Simon || Imagens: Getty Images || Maputo, 2024]
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