Na província de Manica, surgem denúncias graves envolvendo o STAE de Macate, que estaria obrigando formadores provinciais admitidos para capacitar MMV's (Membros da Mesa de Votação) a pagar uma taxa de 5.000 MT, correspondente a parte de seus salários, diretamente ao partido no poder, a FRELIMO.
Essa prática levanta preocupações sobre a ética e a legalidade, além de evidenciar um sistema que parece priorizar a lealdade política em detrimento da meritocracia. Alguns formadores, com desempenho considerado fraco, foram selecionados para o trabalho, enquanto os mais qualificados foram excluídos, supostamente por suspeitas de afiliações a outras formações partidárias.
A situação gera indignação entre os envolvidos, que veem suas competências desconsideradas em favor de interesses políticos. A pressão para que paguem essa quantia representa uma violação dos direitos dos trabalhadores e um abuso de poder, refletindo um ambiente em que a política se sobrepõe à capacidade profissional.
Grupos da sociedade civil e ativistas políticos estão começando a se mobilizar para denunciar essa prática, exigindo maior transparência e respeito aos direitos dos formadores. É um momento crítico que pode influenciar a percepção pública sobre a integridade do processo político em Moçambique.
[Fonte: Unay Cambuma
|| Redação: Radar Magazine — MZ
|| Imagens: Getty Images
|| Maputo, 2024]
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