Uma denúncia feita por fontes locais no distrito de Caia, província de Sofala, revela que os formadores dos Membros de Mesa de Voto (MMV) são, em grande parte, indivíduos ligados ao partido FRELIMO, que nas últimas três semanas antes do início da formação participaram ativamente na campanha eleitoral do partido.
Entre os formadores, há diretores pedagógicos de escolas, além de membros da Organização da Juventude Moçambicana (OJM) e da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), ambas entidades ligadas ao partido no poder. O caso, segundo as fontes, não se restringe apenas ao distrito de Caia, mas estende-se por toda a província de Sofala.
"A maioria desses formadores esteve envolvida diretamente nas atividades de campanha do partido FRELIMO e agora estão responsáveis pela formação dos Membros de Mesa de Voto para as próximas eleições", relataram os denunciantes, pedindo atenção redobrada ao processo.
O envolvimento desses formadores na campanha política levanta preocupações sobre a imparcialidade e neutralidade do processo eleitoral, já que os MMV desempenham um papel crucial no acompanhamento e validação do ato de votar e da contagem dos votos.
As denúncias reforçam o debate sobre a transparência do processo eleitoral em Moçambique, especialmente em regiões historicamente marcadas por alegações de manipulação política.
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