Funcionários públicos do distrito de Nhamatanda, na província de Sofala, denunciaram um esquema de extorsão supostamente destinado a financiar a campanha eleitoral da FRELIMO. De acordo com relatos, servidores em cargos de chefia, sobretudo no setor da educação, estão sendo obrigados a contribuir com quantias específicas para sustentar a campanha do partido.
As cobranças, que têm gerado revolta entre os trabalhadores, incluem valores como 2.000,00 meticais para diretores, 1.500,00 meticais para diretores pedagógicos e 1.000,00 meticais para chefes de secretaria. A prática, descrita como coercitiva, estaria se espalhando por diversas escolas, abrangendo também os professores, que alegam ser alvo da mesma exigência.
A denúncia revela uma pressão indevida sobre os funcionários públicos, que são obrigados a contribuir financeiramente, mesmo sem consentimento, para as atividades de campanha. A situação tem levantado preocupações sobre o uso de recursos e a legalidade dessas cobranças, sendo vista como um abuso de poder em um ambiente onde muitos trabalhadores já enfrentam dificuldades financeiras.
Embora as autoridades locais não tenham se pronunciado oficialmente sobre o caso, a denúncia expõe o desconforto e a insatisfação entre os servidores afetados, que temem represálias caso se recusem a efetuar os pagamentos exigidos. O episódio também levanta questões sobre a transparência e ética nas campanhas eleitorais no país.
Fonte: Unay Cambuma
Redação: RadarMZ
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